“Recordar é viver” – Jair Rosa Pinto

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Jair Rosa Pinto foi um dos principais jogadores nacionais entre os anos 40 e 50.

Nasceu em Quatis, Rio de Janeiro em 21 de março de 1921 e faleceu em 28 de julho de 2005, por causa de uma embolia pulmonar após a realização de uma cirurgia no abdômen. Jair tinha 84 anos.

Jair era bem magro mas dono um um fortíssimo chute de esquerda. O meia-esquerda também chamava a atenção pela sua categoria com bola nos pés.

Jair teve uma carreira curta e bem conturbada pela Gávea, jogou de 1947 à 1949. Mas foi o suficiente para se tornar um jogador emblemático e histórico no clube.

Jair já era um ídolo nacional quando o Flamengo o contratou em 1947 ao Vasco, no qual era peça fundamental do chamado Expresso da Vitória, considerado um dos maiores elencos da história do nosso rival.

Pelo Flamengo, Jair fez parte de uma das grande equipes rubro-negras, formada por craques como Zizinho, Durval, Esquerdinha, Biguá, Modesto Bria dentre outros.

Em sua passagem pela Gávea, um dos jogos mais marcantes foi um amistoso contra o Arsenal da Inglaterra ( esse seria o primeiro e único jogo entre os dois clubes na história). O jogo era em São Januário, recebendo um público recorde de aproximadamente 60 mil pessoas, tendo a torcida do Vasco localizada nas sociais, torcendo descaradamente para a equipe inglesa.O Arsenal era a base da Seleção Inglesa,e até saiu na frente com um gol com 1 minuto de jogo, mas com dois gols de Jair Rosa Pinto e um de Durval, a equipe rubro-negra saiu vitoriosa por 3 x 1.

No entanto, sua saída da Gávea foi um tanto quanto turbulenta. Em 21 de agosto de 1949, o Flamengo enfrentaria o Vasco pelo Campeonato Carioca. O clima na Gávea era de muito confiança, principalmente pela dupla titular da Seleção Brasileira, Zizinho e Jair, mas do outro lado, a equipe cruzmaltina era a base do time que disputaria a Copa do Mundo de 50 no Brasil. Enfim, o resultado não foi nada bom, 5 x 2 para o Vasco, com uma atuação muito ruim de Jair,com direito a um ” gol feito” perdido diante do goleiro Barbosa. A má atuação gerou desconfiança em Ary Barroso, mais famoso e mais ouvido narrador esportivo do Rio de Janeiro na época e rubro-negro fanático, que durante a transmissão da partida, insinuou que o camisa 10 teria aceitado suborno do Vasco para que a equipe perdesse. Fato jamais comprovado.

O clima pesado e as acusações sem provas foram demais para o craque, que uma semana depois transferiu-se para o Palmeiras, onde se tornaria ídolo com a conquista do Mundial de Clubes de 1951 e depois, já veterano, iria para o Santos, onde jogaria ao lado de Pelé, Pepe e Dorval em um dos melhores times da história.

Pela Seleção, jogou a Copa do Mundo de 1950 no Brasil, sendo vice-campeão. Uma declaração de Jair após o jogo foi bem marcante na época: “Isso eu vou levar para a cova, mas, lá em cima, perguntarei para Deus por que perdemos o título mais ganho de todas as copas, desde 1930”.

Pelo Flamengo foram 87 jogos e 62 gols.

Foram só 2 anos de Flamengo, mas foi tempo suficiente para escrever seu nome na história do clube.

Jair Rosa Pinto, o Jajá de Barra Mansa. Jair Rosa Pinto um Imortal Rubro-negro.

Rodrigo Ferreira. Somos Loucos e Fanáticos.

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  • Por onde este personagem que escreveu este texto, achou o Palmeiras Campeão do Mundo, deve estar falando da Taça Rio, torneio amistoso como muitos que se proliferaram no mundo do futebol….SRN

    • Então Lemos,em agosto de 2014, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que reconhecerá a competição de 1951, vencida pelo Palmeiras, como um mundial de clubes. Blatter deixou claro que a Copa Rio não será equiparada aos Mundiais da Fifa, mas ressaltou que o clube brasileiro receberá um certificado que chancela o título.

  • Rodrigo, ótima essa sua série dos imortais rubro-negros! No aguardo de Geraldo Assoviador.

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