Lancenet – No fim do século XIX, surge uma das maiores rivalidades brasileiras. Tendo a mesma raiz, o remo, Vasco e Flamengo se enfrentaram pela primeira vez nas águas da Baia de Guanabara, em 1899. De lá para cá, a rivalidade só fez crescer. Tanto que o presidente do Vasco, Eurico Miranda, costuma classificar o clássico como um campeonato à parte. Hoje, mais uma vez, a partir das 18h30, no Maracanã, esta história terá novo capítulo.
Em campo, Marcelo Cirino e Dagoberto são candidatos a personagens principais do confronto. Fora dele, o clássico já começou. Durante a semana, tanto na Gávea como em São Januário não faltaram provas do tamanho da rivalidade. Em resposta à reclamação vascaína sobre o gol irregular que deu o título carioca do ano passado ao Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, técnico rubro-negro, criticou a aliança entre Eurico e Rubens Lopes, mandatário da Ferj.
Entre os jogadores, a rivalidade também se faz presente. Guiñazu, capitão do Vasco, falou em faca nos dentes, quando se referiu ao clássico de hoje. Já o zagueiro Wallace lembrou que é parado nas ruas por torcedores a lhe cobrar uma vitória, a todo custo, sobre o eterno rival.
Responsável pela mudança de astral em São Januário, Dagoberto fez apenas um jogo, um gol, mas já é a grande esperança de vitória vascaína, no Maraca. Apesar do pouco tempo, o atacante sabe o que representa disputar um Flamengo x Vasco.
– Clássico é sempre diferente. Até mesmo o ar do jogo. Por onde passei, conquistei títulos e tive êxito em clássicos. Espero que consiga ter o mesmo sucesso aqui – frisou Dagoberto, em coletiva, durante a semana passada, em São Januário.
Do lado rubro-negro desta história secular, Marcelo Cirino, artilheiro do Campeonato Carioca, com oito gols, usou a classificação na Copa do Brasil como inspiração.
– Uma vitória como a que conseguimos nos dá ainda mais confiança para o clássico com o Vasco – lembrou Marcelo Cirino, após triunfo sobre o Brasil de Pelotas.
Não importa quem vai chorar ou sorrir. Não pode é haver violência. Vale lembrar que a rivalidade histórica é importante, mas, no dia seguinte, a vida segue seu curso normalmente. Até o próximo clássico!