GE – Aquela história de que clássico não tem favorito não se aplicou ao confronto entre Brasília e Flamengo neste sábado, no Ginásio Nilson Nelson, pelo Novo Basquete Brasil (NBB). É verdade que o time candango, mesmo em uma temporada bastante irregular, deu trabalho em parte do jogo. Porém, o atual bicampeão mostrou a superioridade técnica refletida na diferença de seis posições entre os dois na tabela e, mesmo fora de casa, venceu por 106 a 95, chegando ao oitavo triunfo consecutivo no campeonato. De quebra, o Fla ainda ampliou para quatro jogos a sequência de vitórias em cima do rival, para o qual não perde desde 2013.
Com ótima movimentação no ataque e uma defesa mais organizada, o Flamengo conseguiu dominar o Brasília na maior parte do jogo. Benite foi o cestinha do confronto, com 28 pontos, mas Marquinhos teve boa atuação, com 16 pontos, 12 rebotes e seis assistências. Pelo Brasília, Guilherme Giovannoni liderou o time, com 24 pontos.
Com a vitória, o Flamengo assumiu a terceira colocação da tabela do NBB, com o mesmo aproveitamento do quarto colocado, o Minas (19 vitórias e sete derrotas), mas com vantagem no confronto direto. Os dois times fazem um tira-teima na próxima quarta-feira, às 20h, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. O Brasília segue na nona colocação, com 12 vitórias e 16 derrotas e volta a jogar apenas no dia 1 de abril, quando enfrenta a Liga Sorocabana, fora de casa.
O jogo
Irreconhecível, o Brasília começou a partida com péssimo aproveitamento no ataque e uma defesa relaxada. Com isso, o Flamengo não teve dificuldades para abrir 17 pontos de vantagem rapidamente. Com Benite, Marquinhos e Herrmann calibrados nos arremessos de três, o Rubro-Negro colocou 21 a 4 em cima dos donos da casa em cinco minutos de jogo para delírio dos flamenguista que, como de costume, compareceram em bom número ao Ginásio Nilson Nelson.
Sem o técnico José Carlos Vidal, suspenso por conta da expulsão na partida anterior contra o Macaé, coube ao auxiliar Bruno Savignani, tentar mexer com o Brasília. A aposta foi no armador Fred. E o baixinho, ex-Flamengo, mudou a cara da partida. Ele apertou a marcação e, aos poucos, o time começou a equilibrar as ações, melhorando o aproveitamento no ataque. Após dois tocos seguidos do pivô Ronald em cima de Felício, a torcida entrou no jogo e empurrou o time para diminuir a diferença para apenas sete pontos no fim da parcial: 29 a 22 para o Fla.
Na volta para o segundo quarto, o Brasília continuou em um bom momento e cortou a diferença para apenas três pontos após cesta de três de Fred: 31 a 28. No entanto, Marcelinho, um dos principais símbolos da rivalidade entre os dois times, apareceu pela primeira vez na a quadra e, com cinco pontos e uma assistência, ajudou o Flamengo a seguir na frente. Porém, com três bolas de três pontos consecutivas (duas de Cipolini e uma de Giovannoni), o Brasília conseguiu passar à frente do placar pela primeira vez: 41 a 40.
Ainda assim, o Flamengo manteve a calma e, com boas jogadas de Felício, conseguiu ir para o intervalo vencendo por 51 a 47. Já o Brasília demonstrou certo nervosismo no fim da parcial, reclamando bastante da arbitragem, o que rendeu uma técnica a Guilherme Giovannoni.
Na volta para o terceiro quarto, o Flamengo mostrou porque a diferença entre os dois times na tabela é tão grande. Com boa movimentação no ataque, conseguiu cestas fáceis e voltou a abrir boa vantagem após uma enterrada de Felício e uma cesta de três pontos de Benite: 68 a 53. O auxiliar Bruno tentou então repetir a fórmula do primeiro tempo e colocou o reserva Fred novamente em quadra. O armador até conseguiu melhorar a defesa e fez algumas boas jogadas no ataque, com cestas de três pontos e assistências para os pivôs Cipolini e Ronald, mas o Fla continuou mais consistente e não deixou a diferença baixar dos dois dígitos: 83 a 71 no fim da parcial.
O último quarto começou com uma péssima notícia para o Brasília: no primeiro arremesso, o armador Fred sentiu um problema na coxa direita e precisou deixar a quadra. O titular Fúlvio até que se esforçou para manter a marcação forte em cima dos armadores adversários. No entanto, o Fla continuou jogando com facilidade no ataque, chegando a marca centenária e fechando o jogo em 106 a 95 para festa dos rubro-negros nas arquibancadas.
Mas uma do orgulho da nação
Não é mole não… O basquete é o orgulho da Nação!!!