Fonte: GE
O acordo firmado entre o Flamengo e o Comitê Olímpico Americano começou a ganhar forma. Neste sábado, o clube reinaugurou oficialmente o ginásio Togo Renan Soares-Kanela, na sede social da Gávea. Com presença de ex-atletas de peso do futsal e do vôlei, foi realizada uma cerimônia que marca também a entrega da obra realizada pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) que fechou uma parceria com o clube carioca para os Jogos Olímpicos de 2016.
A atual diretoria do Flamengo firmou um contrato novo em 2013, rompendo um primeiro que previa apenas o aluguel das instalações. Na nova parceria, ficou estabelecido que os americanos forneceriam recursos para melhorias na infraestrutura, além de trocas de experiência com intercâmbios. O time dos Estados Unidos poderá usar locais da Gávea até a conclusão dos Jogos Paralímpicos de 2016. O investimento é de um pouco mais de 1 milhão de dólares, voltado para o legado.
– O Comitê Americano queria um lugar central, como esse, para treinar em boas condições. Além da força do Flamengo, da torcida do Flamengo no Brasil. Então, eles precisavam, primeiro, melhorar as nossas instalações. Depois, queremos um intercâmbio maior com eles. São os maiores atletas do mundo, queremos trocas de experiências. Não quero só que fiquem aqui e vão embora depois das Olimpíadas, mas que deixem um legado, que meus técnicos possam estar com eles. Dentro deste espírito, o valor do contrato foi triplicado – explicou o vice-presidente de esportes olímpicos do clube, Alexandre Póvoa.
O Rubro-Negro também pretende trabalhar forte no ponto de vista do marketing com essa parceria. A pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos, o vice-presidente de esportes olímpicos espera que a torcida do Flamengo também ”adote” os atletas americanos durante o período.
– Outro contrato que é interessante para eles (Estados Unidos) é voltado para o marketing. Ou seja, na época das Olimpíadas, vamos fazer a ”Fla-USA”, fazer com que a torcida do Flamengo se engaje no espírito olímpico americano. Deixou de ser um contrato de aluguel e virou uma parceria grande – disse o dirigente.
Além do ginásio Kanela, que receberá treinos de handebol e vôlei do time americano em 2016, o ginásio de basquete Helio Maurício também já ganhou melhorias que foram entregues no fim do ano passado. Já o centro de lutas está no meio de suas obras. Recentemente, o USOC também decidiu utilizar as instalações do Cláudio Coutinho, espaço dedicado aos treinos de ginástica artística. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) também utilizará o local quando seu Centro de Treinamentos, na Arena da Barra, for entregue ao Comitê Organizador dos Jogos.
– A gente entrou em acordo com eles sobre o Claudio Coutinho. Só falta assinar o contrato. O ginásio já recebeu equipamentos mordemos do COB, vai receber mais da Lei Pelé, e o Comitê Olímpico Americano vai reformar todo o espaço, fazer um ginásio totalmente climatizado. Vai ser um dos melhores do Brasil – disse Póvoa.
De acordo com o dirigente do Flamengo, estima-se que o investimento em legado que o clube receberá com a parceira esteja na casa dos 3 ou 4 milhões de reais. Alexandre Póvoa também ressaltou que os sócios poderão continuar frequentando o clube mesmo no período em que os atletas americanos estiverem treinando no local.
O evento deste sábado também contou com a presença do presidente Eduardo Bandeira de Mello. As ex-jogadores de vôlei Isabel e Jaqueline foram homenageadas dando nome ao novo vestiário feminino do ginásio reformado. O ex-atleta Nalbert e os e ex-jogadores Julio Cesar Uri Gueller e Adílio, que iniciaram suas carreiras no futsal, também fizeram parte da festa.
Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB, foi um dos ex-atletas homenageados que participaram da cerimônia nesta sábado. Ex-jogador de vôlei, ele se mostrou satisfeito tanto com as obras do ginásio destinado ao esporte quanto com o andamento da parceira entre o USOC e o Flamengo.
– A gente começa a ver de imediato que as Olimpíadas estão chegando aí. Nós comemoramos há pouco tempo 500 Jogos, agora já vemos os investimentos feitos pelos comitês estrangeiros e que vão ficar de legado para o Brasil. Hoje estou aqui feliz da vida de ver um ginásio, que não é o melhor dos mundos, mas é muito melhor do que quando meu filho foi embora para os Estados Unidos, porque não tinha onde treinar aqui no Rio – celebrou.
quadra linda