Fonte: Globo Esporte
O delegado do jogo disse que as informações dos ingressos ficaram disponíveis para o time carioca. Já o presidente do Salgueiro declarou que não fala sobre o assunto
O que antes era visto como trunfo para fazer uma boa campanha na Série C do Campeonato Brasileiro, a renda do jogo contra o Flamengo virou motivo de problema para o Salgueiro. O clube colocou a venda 12 mil ingressos, a preço de R$ 100 para o torcedor do Carcará e R$ 200 para os flamenguistas. Como perdeu por dois gols de diferença, o regulamento manda que o clube repasse 60% do valor arrecadado da bilheteria para o visitante. Neste momento, veio a surpresa. Mesmo com estádio cheio, o borderô apontou um público pagante de 4900 torcedores.
Insatisfeito, o Rubro-Negro não concordou com o número divulgado e deixou o Cornélio de Barros sem recolher sua parte na renda. Por telefone, o delegado do jogo, Paulo Falcão, explicou ao GloboEsporte.com o que ocorreu. Segundo ele, a renda foi de R$ 570 mil e o Salgueiro já teria depositado a parte do dinheiro que caberia ao Flamengo.
– O Salgueiro e a Federação Pernambucana colocaram à disposição do Flamengo todos os ingressos que foram emitidos, a leitura das catracas e todas as sobras de ingressos. Matemática não tem diferença: você conta o que tem e o que foi emitido, o que sobrou, é o que tem dentro do estádio. Existem crianças, que são gratuidades por força de lei, autoridades, deficientes e ingressos emitidos para patrocinadores. Tudo isso entra como público geral e não entra como público pagante. Um ingresso para um jogo com o valor de R$100 e R$200 para o Sertão não é um preço barato. Uma renda de R$ 570 mil em um evento, não é todo dia que acontece, é um fato inédito no Sertão. Então, acho que os números refletem a posição exata e correta. Agora, reconhecer ou não fica a critério do clube – disse Falcão.
Para o jogo contra o Flamengo, o clube contratou uma empresa para fazer a instalação das catracas eletrônicas e contabilizar a renda. Segundo Paulo Falcão, se teve alguma coisa de errado, quem deve dizer é o clube, que contratou o serviço.
– Eu conversei com Clebel e falei: Clebel, quem contratou a empresa foi você, que faz a renda é o clube. Se você acha que teve alguma coisa, você que tem que dizer o que foi que teve de errado e o que teve de certo – conta Paulo.
O Boletim financeiro da partida ainda não foi divulgado no site da CBF.
Visivelmente irritado após o jogo, o presidente do Salgueiro, Clebel Cordeiro, não quis se pronunciar no momento. Nesta sexta-feira, por telefone, ele demonstrou que o assunto ainda gera chateação.
– Sobre o jogo do Flamengo não temos nada mais a declarar, já é passado e não posso mais falar sobre isso – frisou de forma categórica.
salgueiro malandro
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