Fonte: GE
Não está fácil, mas o sonho ainda permanece. A diretoria do Flamengo segue na sua luta diária para conseguir patrocínio e montar uma equipe masculina de vôlei para a próxima temporada da Superliga. Para que o projeto saia do papel e se torne realidade é preciso que alguma das empresas procuradas invista ao menos R$ 3 milhões, quantia considerada mínima para a formação de um time competitivo.
Na avaliação dos dirigentes rubro-negros, R$ 6 milhões é o montante satisfatório para o retorno à competição após 19 anos, em condições de disputar de igual para igual com os concorrentes. Caso consiga o dinheiro necessário, o clube da Gávea vai oficializar uma parceria com o Juiz de Fora, nono lugar na última edição do torneio nacional.
– Fizemos um book do vôlei do Flamengo, com várias propriedades, um valor mínimo de R$ 3 milhões. Com R$ 6 mi, nós achamos que dá para fazer um time legal. Para se ter um noção dos valores, o time de basquete do Flamengo custa entre R$ 8 e R$ 9 milhões, o time do Cruzeiro, campeão da Superliga, custa R$ 15 milhões. Mas existem times de R$ 5, R$ 6 milhões que chegaram até a semifinal. Estamos na rua com, no mínimo, 30 propostas para empresas. Não está fácil, está difícil. Estamos aguardando respostas. Queremos fazer alguma coisa realista, não megalomaníaca, até por não dá tempo – explicou o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa.
No entanto, a missão esbarra no momento de crise econômica vivido no Brasil. Com orçamentos enxutos e já comprometidos para essa temporada, as empresas oferecem quantias abaixo do esperado ou promessas de investimento somente para 2016.
– Espero conseguir o mínimo, mas o Brasil está muito ruim e a gente está pedindo para as empresas, em maio, uma receita ainda para 2015. Só que essas receitas já estão comprometidas. A gente não planejou isso (o time). Muitas empresas elogiam o nosso projeto, dizem que têm interesse em 2016, mas que agora já têm todas as receitas comprometidas e que não dá mais. Vamos ver se aparece uma ou duas.
A ideia é vender diferentes espaços na camisa e no short da equipe para mais de uma empresa e assim diminuir a nível de investimento de cada uma delas. Enquanto isso não se concretiza, a diretoria rubro-negra vai recebendo apoio da estrutura já existente em Juiz de Fora.
– Tem uma equipe técnica do Juiz de Fora, pessoal antigo, diretores, o Marcelo Freitas (coordenador) que está tentando segurar jogadores. Esses R$ 3 milhões já formam um orçamento maior do que foi o Juiz de Fora no ano passado. Se a gente conseguir esse valor, que pode ser dividido (no uniforme por mais de uma empresa), nós vamos jogar – afirmou Póvoa.
Na corrida contra o tempo, os diretores cariocas projetam a próxima semana como fundamental na formação do time para a próxima edição da competição mais importante do país.
– Estabelecemos até semana que vem para fazer levantamento de quanto a gente tem. Tem cinco empresas que já tenho uma perspectiva mínima e vamos conversar com o pessoal da CBV e de Juiz de Fora para ver o que fazer – completou.