‘Serenidade já’

Fonte: Deixou Chegar, ESPN

Confirmado como técnico do Flamengo até dezembro, mês eleitoral no clube, Cristóvão Borges chega manso e austero. Foi assim no Vasco, quando assumiu o trabalho de Ricardo Gomes e, não fosse Cássio, goleiro do Corinthians, teria avançado na Libertadores 2012, foi assim no Bahia, foi assim no Fluminense.

Para o atual estado de coisas na Gávea, sua chegada reafirma o projeto da atual administração – fazer muito com pouco – e traz uma certa calma onde a calma não costuma sentar praça.

Cristóvão encontra o Flamengo na zona de rebaixamento, precisando urgentemente de vencer. E vencer mais. Visto como um talento novo no surrado mercado de treinadores brasileiros, ainda há de provar suas teses e maneiras de ver o futebol.

Debaixo do fogo aberto pelo ex-técnico em sua saída, solto no mercado atrás de, pelo menos, dois reforços (o nome de Paolo Guerrero segue firme e forte como um dos dois), o Flamengo exemplar nas finanças e no jeito de administrar um clube de futebol, ainda não disse, quase três anos passados, ao que veio esportivamente. 2013 foi salvo pela Copa do Brasil, 2014 foi salvo pelo simples fato de o clube não cair para a segunda divisão. 2015 não se desenha muito promissor.

Cristóvão não vem para salvar ninguém. Mas pode ajudar quem o faça.