Fonte: GE
O sucesso do horário das 11h no Brasileirão já tinha sido comprovado pela CBF com a alteração de uma para duas partidas a partir da 14ª rodada. O recorde de público alcançado pelo Atlético-MG, domingo, quando 55.987 mil torcedores acompanharam a vitória sobre o Joinville, no Mineirão, no entanto, fez a CBF querer mais. A tendência é que este número aumente no decorrer da competição, atraindo um chamado “público europeu” aos estádios até quando o clima permitir. Com a chegada do verão, a medida será revista por conta das altas temperaturas.
Secretário-geral da CBF, Walter Feldman falou com empolgação sobre o tema nesta terça-feira, após a reunião mensal de diretoria, no Rio de Janeiro. Satisfeito com a resposta dos torcedores, o dirigente vê um novo cenário no futebol brasileiro com as partidas pela manhã, com um clima mais pacífico.
– O jogo das 11h é um sucesso absoluto. O presidente deu a determinação para expandirmos ao máximo esse horário, como um novo exemplo. A avaliação é de que este horário nos aproxima muito do público europeu. Não só pela quantidade de público, mas pelas características. Muito mais família, relação com os torcedores adversários mais tranquila e presença mais alegre nos estádios sem comprometer o domingo das famílias. Uma visão interessante. Mas claro que o verão pode limitar isso.
A intenção é de que a marcação de duas partidas por domingo comece a valer a partir de 19 de julho, na 14ª rodada, com os jogos Atlético-PR x Chapecoense, na Arena da Baixada, e Flamengo x Grêmio, no Maracanã. No entanto, a CBF ainda fará uma consulta à Polícia Militar do Rio de Janeiro para confirmar o duelo entre o Rubro-Negro e o Tricolor. No mesmo dia, está marcado o clássico entre Fluminense e Vasco, às 16h, também no Maracanã.
Feldman falou também sobre a possibilidade de a Conmebol exigir a nomeação de apenas duas sedes por país para as próximas eliminatórias. Apesar de admitir os rumores da decisão, nada chegou de forma oficial na Confederação Brasileira de Futebol.
– É um comentário forte. Pelo que soubemos, já havia essa discussão em outras reuniões da Fifa, mas nada chegou. Rastreamos emails e não encontramos nada.
No encontro, esteve em debate ainda as mudanças de estatuto aprovadas em assembleia realizada no início do mês. Feldman revelou que novas medidas já estão em andamento, como a criação de um conselho de ética:
– Estamos fazendo um trabalho de diretoria para termos permanentemente informações de fatos de forma transparente. O deputado Marcelo Aro, que é diretor de ética e transparência, já começou a discutir o código de ética e comissão de ética que vai ser formada por pessoas de fora do sistema, para que possam permanentemente nos avaliar. Um sistema de prestação de contas, quase todo diagnóstico feito pela Ernest & Young sobre o que existe na CBF, e as mais de 20 medidas a serem tomadas para que tenhamos um novo sistema de governança.
Por fim, o secretário-geral da CBF falou ainda sobre os US$ 100 milhões (R$ 311 milhões) enviados pela Fifa para que fossem investidos nas capitais que não estiveram envolvidas na Copa do Mundo do ano passado. Projetos sociais serão desenvolvidos nestas cidades, e Feldman revelou como se dará esse processo.
– Neste momento, estão sendo comprados vários terrenos. A decisão é essa: comprar o terreno, fazer o projeto, construir e implantar o projeto. Três terrenos estão muito encaminhados: Tocantins, Sergipe e Rondônia. Esse é o cronograma.
Ao todo, 12 capitais brasileiras receberam partidas da Copa do Mundo de 2014, sobrando assim 15 para que os US$ 100 milhões sejam divididos: Espírito Santo, Santa Catarina, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Maranhão, Piauí e Paraíba.