Fonte: Lancenet
Diante da proximidade da votação do relatório desenvolvido na comissão mista da Medida Provisória 671, que estabelece o refinanciamento das dívidas dos clubes com a União, a maioria dos parlamentares ouvidos pelo LANCE! aposta na aprovação do texto formulado pelo relator, o deputado federal Otávio Leite (PSDB/RJ), na reunião de amanhã. Os parlamentares estão correndo contra o tempo porque a MP precisa ser votada na Câmara e no Senado até 17 de julho. Caso contrário, irá caducar.
– O relatório está muito bom. Mas é claro que, dentro da estrutura do futebol, sempre tem interesses conflitantes entre quem é da Série B, da Série A ou de federações. Mas vai ser aprovado. Mas todos tiveram chance de se manifestar e o relator ouviu a todos. Por mais que não haja unanimidade, tem que passar, porque o foco é a dívida dos clubes – afirmou o deputado Evandro Roman (PSD/PR).
O ex-goleiro Danrlei é mais um a acreditar no avanço do texto, especialmente porque Otávio Leite não retirou as contrapartidas.
– Ele manteve e eu sou a favor de tudo isso. Em relação à exigência de Certidão Negativa de Débito também. Os clubes têm que ter gestões mais claras. Eles vão pensar duas vezes antes de criar mais dívidas – disse Danrlei, acrescentando que até a bancada da CBF deve aprovar:
– A CBF não tem motivo para ser contra. É bom para ela ter uma gestão diferenciada nos clubes.
O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), vice-presidente do ABC, é um pouco mais cauteloso com o texto do relator, mas também aposta na aprovação.
– Algumas posições foram acatadas e outras precisam ser debatidas melhor. Em linha geral, é um bom relatório e representa a média do pensamento entre os parlamentares – disse ele, alertando:
– Precisamos avaliar alguns pontos com muito cuidado para não aprovar algo fora da Constituição e que venha ter problemas no futuro.
Marinho citou os termos do parcelamento como um dos pontos que precisam de mais análise. Esse item é o que faz José Rocha (PR-BA) acreditar que não haverá aprovação.
– Acho difícil que passe. Esse item tem que ser debatido mais. Os clubes precisam entrar em algo que vão ter condições de pagar – argumentou.