Fonte: Lancenet
Eram duas vitórias seguidas, a saída do Z4 e a reestreia de Sheik. Motivos suficientes para a torcida acreditar numa tarde agradável de outono no Maracanã. Mas o Flamengo não aproveitou o cenário, que parecia ideal, e demonstrou novamente suas fragilidades diante do Atlético-MG. Frustração para mais de 42 mil rubro-negros presentes no estádio e outros milhões país afora. E aquela sensação cada vez maior de que o Brasileiro será um tormento…
Falta articulação para a bola chegar ao ataque, a defesa erra demais (como prova o primeiro gol com Luiz Antonio e Samir) e sobram falhas de posicionamento (como ressalta o segundo, com Lucas Pratto sem marcação na entrada da área).
Ao fim do primeiro tempo, o placar de 2 a 0 (poderia até ser mais!) refletiu o total domínio atleticano. Jogadas agudas pelas laterais, toque de bola em velocidade e nenhum temor de agredir o time da casa. Um chute de Everton, de fora da área, já com o 2 a 0 construído, foi o único lance de perigo do Rubro-Negro.
No segundo tempo, o Flamengo voltou com o estreante Alan Patrick no lugar de Pará (o jogador mais vaiado pela torcida) e Marcelo Cirino na vaga de Gabriel. Everton acabou deslocado para a lateral. Tentativas em vão, já que o panorama da partida pouco mudou. O Galo manteve a posse de bola e o controle do jogo, enquanto o Flamengo tentava na base do abafa e de jogadas individuais.
Resumo da ópera: Cristovão Borges terá muito trabalho para fazer com que este atual Flamengo se transforme em um time competitivo. Os reforços estão chegando, vai me dizer um torcedor mais confiante. É verdade. Mas vai dar tempo para corrigir o rumo e buscar algo mais do que a permanência na elite? Já o Galo de Levir Culpi é candidato, sim, a conquistar o campeonato. Tem elenco (a ausência dos titulares Luan e Marcos Rocha não foi sentida), tem padrão de jogo e a confiança vai aumentar depois desta vitória.