Fonte: Sportv
Como jogador, foram dois títulos cariocas e um do Rio-São Paulo. Como técnico, foram dois Brasileiros, uma Copa Mercosul e mais três estaduais, todos pelo Flamengo. Nesta segunda-feira, Carlinhos morreu aos 77 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca. No “Bem, Amigos!”, outro ídolo rubro-negro lembrou a importância do Violino para sua carreira.
Júnior recordou que o treinador foi fundamental para a renovação de seu contrato, após a conquista do Carioca de 1991 e que, sem ele, não seria campeão brasileiro no ano seguinte.
– Eu tinha uma relação muito forte com o Carlinhos, principalmente pelo período que ele comandou o Flamengo, entre 1991 e 93. Ele foi o responsável, inclusive, pelo prolongamento da minha carreira. Em 91, a gente estava comemorando o título carioca, em um restaurante da Gávea, um reduto rubro-negro. Eu perguntei a ele: “Seu contrato está acabando, o que você vai fazer?”. Ele disse para mim: “Se você renovar, eu renovo”. Eu respondi: “Falando sério? Está fechado”. Depois, eu tive a felicidade de desfrutar aquele Campeonato Brasileiro de 1992. Se ele não me diz aquilo ali, eu teria pendurado as chuteiras, porque tinha ganhado o Campeonato Carioca – disse o hoje comentarista.
Júnior destacou a simplicidade e a serenidade com que Carlinhos comandava o elenco do Flamengo. E, mesmo assim, conseguia arrancar o melhor de seus jogadores.
– O Carlinhos tinha uma coisa completamente diferente dos outros técnicos. Talvez fosse semelhante só com o Cláudio Coutinho. Ele não gritava, ele conseguia as coisas sem se exaltar. Ele conseguia as coisas, de uma maneira que contaminava positivamente todo mundo. A simplicidade dele era uma coisa realmente incrível.
O velório de Carlinhos acontecerá nesta terça-feira, entre 10h e 14h, na sede do Flamengo, na Gávea.