Fonte: Lancenet
Em oito jogos, são três pontos obtidos em três empates. Último colocado, o Vasco não venceu no Campeonato Brasileiro e ainda perdeu as últimas cinco partidas. O Flamengo, por sua vez, tem sete pontos e abre a zona de rebaixamento. São duas vitórias, um empate e iguais cinco derrotas. Por tudo isso, a expressão “Clássico dos Desesperados” nunca foi tão condizente para o duelo entre o Cruz-Maltino e o Rubro-Negro. Triunfo no duelo deste domingo, em Cuiabá, diminuirá a agoniza de um dos lados. Em caso de empate, o sofrimento vai continuar para ambas as torcidas envolvidas.
Essa é a primeira vez na história que o Clássico dos Milhões será disputado com as duas equipes na zona de rebaixamento. Já houve duelos em que os dois lutavam para não entrar no grupo de descenso, em algumas ocasiões um deles já estava no Z4. Mas, com ambos tão mal, será a primeira vez. O lateral vascaíno Julio Cesar, que já defendeu o rival, prevê uma partida equilibrada, vista a pressão sobre as duas equipes:
– Os dois times vivem situações parecidas, com mudanças de treinador recentemente. Vejo um clássico parecido em termos de pressão e nível de concentração. Lógico que vai ser um grande clássico – afirmou.
Como esperança, a equipe de Cristovão Borges deve ter Gabriel e Canteros, que se lesionaram durante a semana, mas estão liberados pelos médicos. O time de Celso Roth ainda espera que o goleiro Martin Silva volte, mas em plenas condições para ajudar e passar segurança aos companheiros.
Como se não bastasse, os encontros entre Vasco e Flamengo no Campeonato Carioca deste ano deixaram estragos aos derrotados. A crise na Gávea ficou escancarada após a eliminação no Estadual; no “Jogo da Chuva”, muitos atletas do time de São Januário se descontrolaram, resultando em meio time suspenso para a rodada seguinte. Desta vez, principalmente no lado vascaíno, a derrota pode ampliar o desespero na lanterna. Uma combinação de resultados pode deixar a equipe de Celso Roth a nove pontos do primeiro time fora da zona da degola.
Com o poço tão fundo neste Clássico dos Milhões, haveria favoritismo para algum dos clássicos? Para Emerson Sheik, não. Ele até valoriza o trabalho dos últimos dias no Flamengo, mas admite que o lado psicológico do Vasco pode falar mais alto:
– É difícil chegar a uma conclusão. O clássico é diferente, a motivação é diferente. No caso do Vasco, agora é um treinador novo. Mas eu, ainda assim, prefiro ressaltar a nossa semana. O que fizemos foi em cima do time deles. O Cristovão é muito detalhista, ainda nos restam dois dias (de treino), mas vamos buscar a vitória. Daria moral – lembrou.
Diante do mesmo problema na tabela de classificação, a mesma necessidade de vencer. Na Arena Pantanal, um dos times – ou nenhum dos dois – poderá respirar mais aliviado.