Fonte: Site Oficial Flamengo
Pude ver vários jogos de Carlinhos nos anos 60. Ele era o toque de qualidade de um time que se destacava pela raça em campo. Regia toda orquestra com a classe de um violino stradivarius, dividindo o meio de campo com atletas como Nelsinho, Nelson, Fefeu e Liminha. Era o encontro da raça inesgotável com a categoria absoluta. Nada mais autenticamente Flamengo. Carlinhos era conhecido como “Violino” por nunca ter sido expulso de campo e por sua forma de jogar, com muita classe e toque de bola refinado.
Nosso clube arrasta multidões desde que existe, mas o que marca cada geração são os ídolos. Carlinhos, apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol brasileiro, atravessou décadas como uma referência do melhor Flamengo que existe. Recebeu a chuteira do ídolo Biguá e a honrou com estilo até entregar a um certo Arthur Antunes Coimbra.
Essa já seria uma história maravilhosa, mas não o bastante para nosso Violino. Carlinhos se reinventou e se tornou um dos maiores técnicos que o clube já teve. Aliando seu conhecimento do clube e do futebol e sua eterna serenidade, nos levou a grandes títulos.
A história do Flamengo é repleta de pessoas que a tornam mais épica. Carlinhos faz parte disso e parte do que torna todos nós, acima de tudo, rubro-negros.
DESCANSE EM PAZ MESTRE!. OBRIGADO POR TUDO!. SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS!.
Essa, sem dúvida, é hora de luto. De chorar o herói que se foi. O herói que nunca se teve como tal e, por isso, maior que outros. Queria morar no Rio para acompanhar suas exéquias, para prestar pessoalmente minhas condolências à sua família, pois que se foi um dos Gigantes de um Flamengo cada vez mais difícil, cada vez mais raro. Em sua homenagem, mínima que seja, comprarei mais um manto sagrado e colocarei apenas seu nome: Carlinhos.
Participo do grupo Fladarfeiro da Bahia. Sempre apelidamos os darfs. Os dois próximos se chamarão Carlinhos e Violino. É pequena a homenagem, mas bem adequada a quem nunca se imaginou gigante, embora fosse.