Fonte: Flamengo em Foco
Não seria fácil escalar o time com o desfalque de Jonas, Cristóvão então apostou em uma formação ofensiva para tentar buscar o resultado com o time embalado pela estreia de Sheik, nada errado até aí, o problema é como escalou a equipe e, novamente, como conduziu as mudanças.
Todos sabemos que Éverton não produz nada no meio campo, cercado de adversários, assim o melhor posicionamento para ele é ao lado da linha lateral seja na ponta ou na ala esquerda – aliás, com a chegada do Sheik eu poria Éverton na lateral esquerda na ausência de Armero. Porém o professor Cristóvão Pardal resolveu centralizar Éverton ao invés de escalar Alan Patrick, que afinal chegou pra atuar naquela faixa de campo.
O início foi de ímpeto rubro-negro, o Galo ficou cabreiro, vendo qual seria o padrão de voo do Urubu e, assim que percebeu os espaços, mostrou o lugar do Flamengo no Campeonato Brasileiro – vencer os que brigam pra não cair é possível, os que brigam pela vaga na Libertadores não.
O lado direito com Luiz Antônio, Canteros e Gabriel era largamente produtivo, saíram de lá as melhores jogadas do 1° tempo do Flamengo. Na outra ponta Sheik estava um tantinho isolado, dependia do Éverton aparecer ou do Márcio Araújo subir, mostrou muita raça e vontade, mas errou bem mais que acertou e em parte por falta de quem aparecesse por ali para tabelar.
E o estreante César, que ficou com a responsabilidade após a lesão de Paulo Victor, começou bem e seguro, saindo do gol com propriedade quando necessário e fazendo uma reposição de bola melhor que Paulo Victor. Mas a defesa estava disposta a testá-lo e por várias vezes o deixou no mano-a-mano.
Em falha geral do sistema defensivo, Luiz Antônio e Wallace vacilaram na marcação e o cruzamento da direita virou gol quando Samir tentou cortar. O gol contra abalou o psicológico de Samir, que estava bem até o momento e depois foi mergulhando no desespero e acompanhando Wallace em subidas ao ataque.
O 2° gol do Atlético-MG veio ainda no 1° tempo pra escancarar o problema de marcação no meio. Márcio Araújo vacilou ao não acompanhar Pratto, que dominou e teve todo tempo e tranquilidade para ajeitar e executar um chute indefensável contra o gol de César.
Com a vantagem assegurada, o Galo ficou jogando na boa, administrando e tentando aproveitar os contra-ataques, já o Flamengo foi pra cima buscar o resultado e, conforme o tempo ia passando, o desespero aumentava e já no meio do 2° tempo não era incomum ver Wallace e Samir no ataque seguindo o manual David Luiz de posicionamento.
Cristóvão teve seu quinhão de responsabilidade, acertou ao no intervalo trocar Pará por Alan Patrick, que entrou no meio, fazendo Éverton ir pra lateral esquerda e, com isso, aumentou a produtividade do setor, Sheik começou a aparecer mais e melhor. Porém, como nada é perfeito, Cristóvão fez duas besteiras em sequência que mataram o ataque.
Cirino e Paulinho não jogam nada desde que conheceram o Nego do Borel, no caso do 2° isso vem de 2014, mas ainda assim Cristóvão insiste com ambos que sempre são -1 em campo. A saída de Gabriel pra entrada de Cirino matou a direita, que só dava sinais de vida com Luiz Antônio e Canteros tentando cruzar e lançar para Sheik, que foi pro comando após a saída de Eduardo e entrada de Paulinho.
O Atlético Mineiro venceu por ter um time melhor, mais arrumado, entrosado e completo. O Flamengo já melhorou muito desde a saída de Luxemburgo e precisará de mais tempo para encontrar o rumo de vez, mas não vai adiantar ter 11 atacantes, precisam contratar um armador de ofício e não um volante carregador de bola como Elias (lembrem-se que em 2013 sofríamos com a falta de criação no meio). A defesa está bem problemática como um todo, mas piora com os zagueiros tentando armar e fazer gol, precisam jogar como zagueiros e sério, atentos, mas uma contratação no setor não seria nada ruim.
Saudações Rubro-Negras
Parece título de site vascaino! Tnc. Jogou mal blz, agora aparecer com uma manchete enaltecendo o time adversário só ajuda a aumentar a pressão! Vai te lascar!