Fonte: Lancenet
Após dez anos fora do Brasil, Ederson encontra no Brasil, no Flamengo, uma chance de recomeçar a carreira. Contratado como nome de peso para resolver a carência da camisa 10, o jogador, de 29 anos, terá na Gávea a oportunidade de superar as adversidades, comprovando que pode voltar a atuar em alto nível, sem problema de lesão que o prejudicou muito nas equipes pela Europa que defendeu nos últimos anos. Tanto que nas últimas três temporadas, entrou em campo em apenas 50 partidas.
Rodrigo Caetano foi o responsável por trazer Ederson ao Flamengo. No RS Brasil, em 2001, os dois se encontraram. Por vários motivos, como a pressão por preencher a carência da camisa 10, o conhecimento no atleta e a amizade com os empresários, o diretor executivo de futebol rubro-negro juntou o útil ao agradável acertando com o meia.
Na Gávea, Ederson receberá cerca de R$ 400 mil por mês de salário e por conta das lesões, existe uma certa desconfiança se a aposta dará certo. Questionado sobre isto, em uma comparação com outro tiro no escuro – Carlos Eduardo, em 2013, que também vinha de lesão e recebia R$ 550 mil –, Rodrigo Caetano fez questão de exaltar a confiança em Ederson, sem comparação com atletas que já deixaram o clube.
– Ederson teve duas lesões recentes, mas foram em tempo espaçados. Não jogou ultimamente na Lazio por opção técnica, mas se observar os números quase na totalidade dos jogos em que esteve à disposição ele foi titular. Ele tem vigor físico espetacular, se cuida muito e tem perfil diferenciado. Sempre é bom para o futebol ter bons exemplos e ele se encaixa nisso. Comparar com quem passou (Carlos Eduardo), para mim não vale. O Carlos Eduardo é um excelente jogador, mas não dá para se rotular sucesso ou insucesso por conta problemas clínicos – afirmou.
A CARREIRA DE EDERSON
2001
Ederson Honorato Campos nasceu em Parapuã, interior de São Paulo. Começou a carreira no RS Futebol, do Rio Grande do Sul, onde o atual diretor executivo de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, começou a vida fora dos campos como dirigente. Neste acerto com o Rubro-Negro foi este conhecimento prévio de Caetano que prevaleceu.
2004
Deixou o RS Futebol e foi para o Internacional. Na mesma temporada, se transferiu para o Juventude, também do Rio Grande do Sul, onde ficou até o ano seguinte, quando se destacou no futebol gaúcho. Os bons desempenhos em campo fizeram com que os clubes da Europa despertassem as atenções para o seu futebol.
2005-2008
Ficou no Nice, da França, por três temporadas e meia. Manteve o bom nível em campo, chamando a atenção de outro clube francês, o Lyon, que o adquiriu por quase R$ 40 milhões (valor atualizado).
2008-2012
No período em que esteve no Lyon, começou a batalha contra as lesões. A primeira foi enquanto defendia a equipe e a Seleção Brasileira. Em 2010, entrou em campo contra os Estados Unidos e ficou por poucos minutos, sofrendo ruptura de dois tendões da posterior da coxa esquerda.
2012-2015
Foi contratado pela Lazio, da Itália, mas também não conseguiu se firmar por conta das sucessivas lesões, algumas delas graves. Em 2012, ficou dois meses fora por conta de uma lesão no joelho direito. No ano passado, rompeu o tendão da coxa direita e ficou cinco meses parado. Neste ano não se lesionou, mas não foi muito aproveitado pela equipe italiana por questões técnicas. Isto influenciou bastante o retorno ao futebol brasileiro para atuar no Rubro-Negro no Nacional e outras disputas.