Fonte: ESPN
Craque o Flamengo faz em casa. Essa expressão, que surgiu no final da década de 70 e início dos anos 80, com a aparição do time histórico formado por Junior, Andrade, Adílio e Zico, há tempos não é repetida pelos rubro-negros. A última vez que jovens da base deram grande esperança de sucesso futuro ocorreu em 2011, quando a equipe carioca ganhou a Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Quatro anos se passaram, estes jogadores não se firmaram no profissional do Flamengo e muitos deles já deixaram o clube. O goleiro César e o zagueiro Frauches seguem na equipe, mas não são titulares. Os demais estão longe do Rio de Janeiro….e em equipes periféricas.
“Foi o melhor time que vi na Copa São Paulo nos últimos 10 anos. Porém, alguns jogadores não subiram com mentalidade adequada e a transição para o profissional foi mal feita, com os jovens não tendo a sequência necessária”, afirmou Alexandre Oliveira, comentarista dos canais ESPN que cobre a competição desde 2006.
Camisa 10 e mais jovem jogador daquele time, com 16 anos à época, Adryan acaba de se transferir para o Nantes, clube pequeno da França. Na temporada passada, o meia foi jogador do Leeds, da segunda divisão inglesa. Ele não brilhou e ainda ficou conhecido pela simulação de falta mais ridícula da temporada, de acordo com o jornal L’Equipe, em jogo contra o Derby County. Antes disso, ele havia passado pelo Cagliari, da Itália.
Thomás também aparecia como grande promessa, mas também não caiu nas graças dos técnicos que passaram pelo time profissional. O meia-atacante vestiu as camisas de Siena, da Itália, e Ponte Preta, tendo se transferido para o Seattle Sounders, dos Estados Unidos, no começo de junho.
Dois jogadores ganharam chance nos profissionais, foram emprestados, voltaram e deixaram o time novamente por empréstimo. Este é o caso do volante Muralha, hoje no Luverdense, e do atacante Negueba, que fez parte das seleções de base, foi para o São Paulo, retornou e hoje defende o Coritiba, sem ser, no entanto, titular absoluto.
Filho de Bebeto, Mattheus foi reserva naquela Copa São Paulo, mas também era tratado como uma joia flamenguista, tendo feito parte das seleções brasileiras ao lado de Adryan. O jogador foi mais um que não decolou, e hoje atua por empréstimo no Estoril, de Portugal.
Lorran, volante que hoje está no Paços Ferreira, também de Portugal, e Lucas, atacante que hoje figura no Bangu, são mais exemplos de uma geração que venceu na base, prometeu e acabou não se confirmando, para azar dos rubro-negros.
Bem vindo a realidade.
Mané “má transição” para os profissionais. Quando o cara joga, não tem essa. O que acontece é que nem todos suportam o peso que é jogar no Flamengo. Nem em clubes pequenos essas pragas vingaram, jamais serviriam pro Gigante Flamengo.