Guerrero chegou e mudou o patamar rubro-negro. Se antes protestávamos e nos frustrávamos com o péssimo futebol e a tão ruim situação na tabela, repentinamente nos esquecemos de todo o passado recente e enxergamos um novo horizonte com a chegada de Paolo Guerrero. Mais do que um craque em campo, pulverizador de defesas e artilheiro nato, o peruano reforçou também os pulmões da Nação, que passaram a cantar mais, a apoiar mais e, sem dúvidas, a ganhar partidas.
Guerrero é tudo isso: goleador, ídolo em potencial e combustível pro otimismo da torcida. Com ele em campo, ganhamos nos mais variados ramos pelos quais o futebol se estende. Mas, e sem ele? A ausência de Guerrero nos traz a certeza da perda de qualidade em nosso jogo, e isso não é difícil de se concluir. Basta tomarmos as partidas iniciais do campeonato e o jogo contra o Corinthians como exemplos. Entretanto, creio que sua importância não se finda aí.
A disparada de nosso programa de sócio-torcedor desde sua chegada mostra outra faceta da importância de Guerrero, que é o ânimo do torcedor. O ingresso é caro, e não são todos que tem a oportunidade de comparecer em todos os jogos do Flamengo no Maracanã. Se temos 19 rodadas como mandante, das quais apenas 10 serão contra adversários de grande porte ou rivalidade, logicamente o torcedor escolheria aliar um grande confronto com a presença de seu ídolo em campo. Ou você não gostaria de gritar que o “caô acabou” ao lado de outras dezenas de milhares de coirmãos rubro-negros?
Os produtos oficiais do clube também estão escoando em grande quantidade com a referência de Guerrero. Ganhamos nós e nossos parceiros, tanto com o incremento das vendas como com o aumento de publicidade – nossa exposição midiática nacional e internacional apresentou uma ascendente vertiginosa no período pós-Copa América. Por tabela, recebemos de brinde a vantagem de negociar melhores contratos de patrocínio. Afinal, quem não gostaria de associar sua marca ao sucesso de Guerrero com a camisa do Flamengo?
Tudo isso mostra que Paolo é o típico jogador caro, mas que se paga. E não somente isso, já que os retornos ultrapassam o campo financeiro. Um tiro certeiro da diretoria, dentre Robinho’s do mercado, ao qual nós, meros torcedores, apontamos nossos agradecimentos e vibrações.
Rodrigo Coli
rodrigo.coli@colunadofla.com