Fonte: PVC
Mesmo na imprensa, muita gente demorou para entender a necessidade da lei de responsabilidade, até a presidente Dilma Roussef mandar para o Congresso a Medida Provisória que prevê o refinanciamento das dívidas dos clubes.
Não se trata de esmola, nem de perdão dos débitos. Trata-se de refinanciamento de valor em torno de R$ 4 bilhões, três vezes menor do que a dívida das universidades particulares.
Claro que com educação não se brinca.
Não com setores da economia.
A premissa da lei de responsabilidade, do refinanciamento das dívidas, é dar condição de os clubes pagarem seus débitos. Hoje, como a dívida já é monstruosa, muita gente resolve simplesmente não pagar. Então, o governo não recebe tudo o que pode e os clubes não desenvolvem seu potencial.
A premissa é fazer o futebol se comportar como um setor da economia. Pagar impostos e gerar empregos. E, com isso, movimentar o país inteiro atrás de uma bola e, à medida do crescimento, fazer parte do mundo lá fora vir ao Brasil para conhecer o Maracanã, o estádio de Itaquera, o Allianz Parque, o Mineirão, o Beira Rio, para comprar camisas do Inter, do Santos, Corinthians, Flamengo, como nós vamos à Espanha assistir e comprar produtos do Real Madrid e do Barcelona — você já parou para pensar que Sevilha talvez seja a mais bela cidade espanhola e não está no mapa do turismo internacional como Barcelona, entre outras razões porque não tem um time de futebol do mesmo tamanho?
A MP boicotada pela bancada da bola tem até o dia 17 de julho para ser aprovada. É hoje ou nunca!
Não aprová-la não significa apenas um golpe no futebol brasileiro — mais um.
Significa um golpe no país, que tem a indústria do esporte número um do país pronta para ser tratada um setor da economia — mas só se o Congresso deixar.
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