Fonte: Lancenet
Emerson Sheik se caracterizou, ao longo dos anos, de ser um jogador polêmico em determinadas ocasiões. Desde o “Bonde do Mengão sem freio”, no Fluminense, passando por processo por falsidade ideológica e um selinho na boca de um amigo cozinheiro, o atacante encontra nesta passagem pelo Flamengo, um período de paz. Fora dos holofotes, o jogador entrou na linha e vem cumprindo todas as obrigações como jogador do Rubro-Negro, dando alegrias ao torcedor com boas atuações.
– Primeira vez que trabalho com o Emerson Sheik, até o presente momento tem se comportado de forma exemplar, servido de exemplo aos mais jovens em relação a nível de comprometimento, treinamento, tem cumprido sempre os horários e respeitado a hierarquia. Nestes dois meses só tenho coisas positivas – afirmou o diretor executivo de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, em entrevista ao LANCE!.
O dirigente completou:
– Espero que Emerson Sheik continue assim. Toda solicitação fala conosco, e não tem problema nenhum. Dentro de campo é desnecessário falar sobre o rendimento dele em campo, e este mesmo comprometimento está tendo fora, é bacana, momento na carreira dele onde está talvez mais maduro.
Questionado sobre a sua personalidade, até então polêmica até chegar ao Flamengo, Emerson Sheik destacou que não mudou em nada. Segundo o jogador, não polemizou em nada justamente por não ter visto uma oportunidade.
– Minha personalidade não mudou em nada, se eu achar que devo falar, eu falo. Até o presente momento não vi nada de errado, ou melhor, até vi sim, principalmente com o nosso futebol e não fui questionado. Não tenho porque falar. Mas se tiver que falar vou sim e f*** (risos) – comentou o atacante.
Este “novo Sheik” vem agradando o torcedor do Flamengo, e isto é o considerado importante. O jogador vem desempenhando boas partidas e ajudando o clube a se levantar. Desta vez, sem polêmica.
Em forma, a disposição e a entrega de Emerson nos jogos são indiscutíveis, chega a ser comovente. Combate à saída de bola adversária, corre atrás de laterais até dez anos mais jovens que ele, e não tem vaidade de ver outro atacante brilhar mais. Foi assim na primeira passagem pelo Flamengo, com Adriano em 2009, no Corinthians, com Guerrero de 2012 a 2015, e está sendo assim de novo no Rubro-Negro com o peruano.
Mas o “pacote” Sheik é mais complexo do que isso. Em São Paulo, os atrasos incomodavam e as propostas que ele dizia ter de outros clubes para ganhar aumento eram frequentes. Até que o clube decidiu que o custo-benefício já não valia a pena.
Sheik é decisivo e pode ser um líder positivo – como está sendo. Mas tem de ser acompanhado de perto para não sair da linha.
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