Fonte: Na Base da Bola
Um goleiro e um meia que decidem, e um time que tem certa qualidade, mas se impõe mais fisicamente do que tecnicamente sobre os adversários. Esse é o Corinthians que venceu o Flamengo por 2 a 1 nesta quarta-feira e conquistou a Taça BH, que pela primeira vez foi sub-17.
O goleiro em questão é Filipe. Dispensado pelo Fluminense no fim de 2014, ele chegou ao Corinthians em fevereiro deste ano. E logo tomou conta da posição. Na Taça BH, brilhou nas oitavas de final contra o Internacional (vitória corintiana por 1 a 0), defendeu três pênaltis na disputa contra o Atlético-MG (após empate por 1 a 1) e mostrou uma segurança incomum para a idade.
O meia em questão é Fabrício, autor de dois gols na decisão. Um com o pé direito, em bela cobrança de falta, e o outro com o esquerdo. Está no primeiro ano da categoria e mostra boa técnica e dinâmica de jogo. O volante Renan Areias e o zagueiro Léo Santos também mostraram qualidades.
Léo Jabá CorinthiansOutros jogadores, como Léo Jabá e Samuel, foram importantes e também mostram boa técnica, mas se impõem mais pela força do que pela técnica no momento. Parecem homens jogando contra meninos, e precisam evoluir tecnicamente. Não se trata de sentenciar fracassos, mas sim de mostrar um cenário comum na base: jogadores fisicamente mais desenvolvidos costumam levar vantagem, mas quando chegam aos profissionais e a força iguala. Há casos excepcionais, como Adriano, exceções que confirmam a regra.
No Flamengo, vice-campeão, o meia Patrick sobra na turma tecnicamente, mas jogou só um tempo. Ainda precisa crescer fisicamente. O volante Hugo dá boa consistência ao meio-campo, e o zagueiro Thuler é um líder, embora tenha abusado da violência ao dar uma cotovelada em Léo Jabá no fim do jogo. Klebinho, lateral-direito da Seleção no Sul-Americano Sub-17, fez o gol do time na final e mostrou muita disposição.
Outros jogadores tiveram destaque também. O São Paulo foi avaliado como a melhor equipe do torneio, com bom desempenho dos meio-campistas Augusto, Luiz Gustavo e Liziero. O Vitória, campeão da Copa do Brasil Sub-17, parou nas quartas de final após perder nos pênaltis para o Figueirense, mas teve o artilheiro da competição, Eronildo, com dez gols.
No fim, foi quase um consenso entre coordenadores de base de que a Taça BH Sub-17 veio para ficar e foi, em muitos anos, o melhor torneio nacional da categoria, com a participação dos times da Série A e de equipes estrangeiras, jogos em bons gramados (ao contrário de outras edições do torneio, e de outras competições tradicionais da base brasileira) e horários diferentes, para facilitar o acompanhamento de quem quisesse ver mais de uma partida por dia. O caminho é esse, mas apenas uma competição boa em nível nacional ainda é pouco.
Com o calendário sub-20 inchado (embora ainda haja a demanda por um Brasileiro Sub-20 mais longo), as atenções precisam se voltar para o sub-17, e também para o sub-15, para que haja uma uniformidade e os times possam se planejar de uma maneira mais racional. Mas o bom exemplo de organização (com informações sobre o torneio e súmulas publicadas com agilidade, algo raro em torneios de base) está dado. Basta seguir.
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