Fonte: Flamengo RJ
Tem torcedor difícil de entender, né?
Quando o Felipe ainda era titular, achava que quem deveria ser seria o Cesar. Mas quando o Felipe sai, quem acaba assumindo a vaga é Paulo Victor. Teve torcedor que não perdoou.
– BURRO !!! Tinha que ser o Cesar !!!
Só que Paulo Victor surpreende, transforma-se em peça FUNDAMENTAL, ídolo da torcida, e cala a boca do torcedor. Mas, infelizmente, se machuca e, finalmente, surge a esperada oportunidade para Cesar, antigo favorito do torcedor.
Sem ritmo, falha em dois jogos seguidos e se torna motivo de preocupação.
– VOLTA, PAULO VICTOR !!! , passa a pedir o torcedor.
Mas a sequência faz com que Cesar passe a se destacar, transmitir confiança e garantir resultados. Só que, como era de se esperar, Paulo Victor se recupera da contusão e reassume a vaga que era sua. Nada mais natural.
Mas, aí, falha duas vezes em uma mesma partida e entrega, de bandeja, uma vitória que parecia garantida. Bastou isso para esse torcedor passar a achar que o Cesar deveria ter continuado por mais tempo. Vai entender!
Antes que qualquer um de vocês se sinta compelido a vestir a carapuça desse torcedor palpiteiro acima, vou logo avisando que solicitarei reintegração de posse, pois ela já é minha.
Torcedor apaixonado, e sob tensão, deixa a razão de lado e pensa só com o coração. E, mesmo me esforçando muito, não consigo fugir a essa regra. Não sinto nenhum constrangimento em reconhecer que Paulo Victor esturricou minha língua. Não imaginava que viesse a se tornar o goleiro que se tornou. O imaginava como mais um “Lomba” da vida, sem estofo bastante para guardar a meta do MAIS QUERIDO. Peço perdão a ele, de joelhos, diariamente por isso.
Falhou? Falhou, mas tem crédito PRA CACETE. Crédito e uma história, de perseverança e autoconfiança, das mais bonitas que já vi em um jogador de futebol.
Uma história de dedicação que merece TODA nossa admiração e respeito.
Bola pra frente, Paulinho! Nossa confiança em você é IMENSA !!!
O resultado foi ruim, sem dúvida. A porta da primeira página da tabela se escancarou a nossa frente e acabamos tropeçando no tapete. Mas nosso desempenho no primeiro tempo foi de encher os olhos, sem que nosso principal jogador tenha tido participação efetiva nele. Se conseguirmos repeti-lo, e torná-lo frequente, temos ainda totais condições de calar os descrentes que ainda podemos alcançar a parte de cima na tabela.
E mesmo que no Brasileiro a distância para alcançarmos a parte que interessa se mantenha grande demais, a Copa do Brasil surge como possibilidade cada vez mais palpável, não só por enfrentarmos um “cliente” tão conhecido na próxima fase, como pela qualidade do futebol que já apresentamos e pelo poder da arquibancada que conhecemos tão bem.
Montar uma equipe de futebol não é tarefa simples. Mais da metade da nossa equipe que jogou no último domingo era de novatos e seria muita pretensão da nossa parte imaginar que se encaixariam ao primeiro contato. Vamos continuar oscilando durante algum tempo, SIM, até chegarmos ao entrosamento e consistência necessários para alcançarmos o patamar de desempenho que podemos e desejamos.
O principal, que é o material humano, já temos, sem ficar devendo NADA a nenhum dos outros 19. Até mesmo a nossa base, de onde não saía nada há muito tempo, parece estar nos fornecendo uma verdadeira Joia, como não víamos há décadas. Basta termos um pouquinho mais de paciência, continuarmos apoiando incondicionalmente a equipe e confiando que nossas atuações podem ser do que vimos naquele primeiro tempo de domingo para melhor.
E isso não é apenas mais um devaneio do torcedor palpiteiro lá de cima. É convicção de quem conhece um pouquinho da trajetória e capacidade desse GIGANTE chamado Flamengo.
PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!
Ricardo Perez