‘A queda anunciada de Cristóvão’, por PC Vasconcellos

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Olá,

Não há surpresa na saída do Cristóvão Borges. Desde o dia em que cruzou pela primeira vez o portão do Ninho do Urubu, a carta de saída já estava assinada. Era uma questão de tempo, que bons resultados poderiam adiar e campanha instável, como a realizada pelo time, só apressaria a redação da demissão e a assinatura para efetivá-la.  Fica claro com essa saída que o Flamengo tem muita dificuldade em conviver com técnicos que não tem o que lá pelos lados da Gávea é chamado de “pele rubro-negra”. Ou se busca um profissional com o Flamengo no sangue e isso significa saber o nome dos porteiros, vigias e faxineiros do clube, além de mostrar como se chega na sede do clube e com quem falar ou o profissional contratado terá sua capacidade colocada sempre em dúvida.

A atual diretoria rubro negra, por ora dividida, afinal o ano é eleitoral e isso é uma praxe rubro negra, marca golaços na administração financeira do clube. O cenário, segundo relatos, era de escassez e agora o panorama começa a passar por transformações. Mas nas questões de quem pode ser o responsável para dar expediente à beira do campo a situação muda de figura. Falta convicção para ir adiante com um técnico, caso os resultados não apareçam. Foi assim com o Mano Menezes, com o Jorginho (o mesmo que ontem estreou no Vasco vencendo o…..Flamengo), o Vanderlei Luxemburgo, o Dorival Júnior e outros.

Fica muito claro que dá certo o técnico com conhecimento e vivência da Gávea. Aconteceu assim com o Andrade, em 2009, e com o Jaime de Almeida, em 2013. São dois profissionais que cresceram respirando os ares da Gávea. Leio que o nome mais cotado é o do Oswaldo de Oliveira. No momento em que escrevo (13 horas, do dia 20 de agosto), ele é o mais cotado. A pergunta é: será o nome adequado? Nada contra a capacidade do OO. É um dos mais experientes e prontos técnicos em atividade no Brasil. Diria que de temperamento é igual ao Cristóvão. O problema é a resistência natural que o ambiente da Gávea cria para quem não conviveu com Modesto Bria, Babão, Giuseppe Taranto, Célio Cotechia e Francalacci. A Gávea é assim e para quebrar essa resistência só um nome do porte de Guardiola, Sampaoli ou Bielsa para quebrar a resistência. Afinal, a mania de grandeza está intimamente ligada ao jeito de ser rubro negro. Até o Mourinho teria dificuldades, pois é português e certamente um iluminado diria que é vascaíno. Ou de família vascaína.

Valeria muito a pena para a atual direção do Flamengo pensar sobre qual é o perfil do técnico que pretende e, especialmente, levar em conta que na Gávea para dar certo tem que conhecer de Gávea. Quem assumir, caso não tenha este DNA, sofrerá muito. Lembro que no século passado, o Candinho foi contratado pelo Flamengo. Quando entrou em campo para o seu primeiro dia de trabalho estava vestido com o uniforme do clube e………..sapato. Ao vê-lo desta forma um rubro negro disse em tom de conspiração: “esse não vai durar muito”. Não é que ele tinha razão.

Abraços.

Fonte: GE

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  • e vc queria o que com candinho?? o luxa é rubro negro,mas nunca deu certo..o que manda é competencia,coloca o muricy pra botar essa cambada pra trabalhar,pra ve se não funciona..o que essa imprensa quer,é o flamengo dando vexame pra eles tripudiar isso sim

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