Até 2016?

Com a eliminação sofrida na ultima quarta-feira, é como se o Flamengo entrasse em Stand by, e agora hiberna à espera da próxima temporada.

Não sei se esse sentimento de fim de ano antecipado é exagero, um pensamento pós-apocalíptico, na tentativa de fazer uma caça às bruxas, por causa da dolorosa eliminação para um fraquíssimo time.

Afinal, ainda é possível, a distância pro G4 são de apenas 7 pontos, e pro temido Z4 é ainda menor, são 5 pontos. Nesse campeonato, se engatar 3 vitórias seguidas um clube muda de patamar em qualquer parte da tabela.

Não podemos relaxar, até para não levar sustos no final do ano, e em relação ao sonho de disputar a Libertadores, terminar o campeonato entre os 4 primeiros, é uma missão bastante difícil.

Talvez o mais difícil nem sejam os adversários, ou a distância na tabela, mas o grande problema do Flamengo é o próprio Flamengo. Não consigo imaginar esse grupo fazendo, daqui pra frente, uma campanha tão sólida.

Aprendi em todos esses anos rubro-negros a nunca duvidar do Flamengo, mas ultimamente também aprendi que a defesa do Flamengo é uma mãe, e que podemos a qualquer momento levar um gol de cabeça seja lá de qual time for.

Na própria Copa do Brasil parecia claro que o vencedor do confronto carioca no Maracanã não chegaria longe na competição. Entretanto, vale ressaltar a mística que o Flamengo ganha em competições mata-mata.

O Flamengo quando vai passando de fase, a torcida vai abraçando a causa junto com o time. Essa mistura costuma ganhar proporções gigantes, tornando o Flamengo imbatível em situações parecidas, até quando tem um elenco fraco.

Esse ano, em minha opinião, houve um erro crasso de planejamento!

Era para saber jogar com o regulamento do calendário nacional, e após o empate com o Náutico no maracanã, na primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil, o Flamengo poderia sim ‘jogar com menos vontade’ o segundo jogo no Pernambuco.

Caso fosse eliminado antes das oitavas da Copa do Brasil, entraríamos automaticamente na Copa Sul-americana, que também leva o seu campeão a Libertadores da América 2016.

Além de ser um vestibular para a principal competição continental, a Copa Sul-americana é um caminho ainda mais fácil para chegar à Libertadores, com times do segundo escalão do continente, inclusive de divisões inferiores.

Talvez o grande empecilho da Copa Sul-americana sejam as longas viagens pelo continente americano, fora os locais com altitude exageradamente alta.

Mas agora não adianta mais lamentar, só nos resta o Campeonato Brasileiro, e antes de fazer prospecções para como subir na tabela, precisamos de vitórias seguidas, aí sim, mais pra frente, a gente conversa de novo.

Será que o ano realmente acabou, ou não acabou?

Vinny Dunga
vinny.dunga@colunadofla.com