Fonte: O Dia
Guerrero, que não faz gol há dois jogos, tem neste domingo, contra a Ponte Preta, às 16h, no Moisés Lucarelli, a chance de quebrar o pequeno jejum e estabelecer seu melhor começo em um clube. Além disso, pode superar artilheiros que passaram recentemente pelo Flamengo. O atacante já tem até funk em sua homenagem, mas precisa manter a mira em dia para cultivar a idolatria da qual já goza, apesar do pouco tempo de casa.
Em cinco jogos com a camisa rubro-negra, foram três gols. Artilheiro nas categorias de base do Alianza Lima, o peruano se transferiu para o Bayern de Munique aos 18 anos, em 2002. Apenas dois anos depois, ele estreou pelo time principal. Nas seis primeiras partidas, balançou a rede quatro vezes. Pelo Hamburgo, em 2006, passou em branco nos 14 primeiros compromissos. E em 2012, no Corinthians, só desencantou em seu sétimo jogo.
Além disso, Guerrero pode superar os últimos artilheiros que fizeram a cabeça dos rubro-negros recentemente. Adriano, o Imperador, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2009, quando o Flamengo conquistou o hexa, fez quatro gols nos seus primeiros seis jogos daquele ano, quando voltou à Gávea. Em 2013, Hernane Brocador, que depois virou xodó da torcida, balançou a rede somente uma vez na mesma quantidade de partidas.
Alecsandro também marcou quatro gols em 2014 nas seis partidas iniciais. Já Vágner Love, em 2010, teve média de um por jogo – marca do artilheiro do amor é a mais difícil de igualar. Vale lembrar, porém, que ele e Alecgol iniciaram suas histórias no Flamengo durante o Campeonato Carioca.
Todos esses dados não entram em campo, mas servem de motivação para Guerrero mostrar neste domingo, mais uma vez, que, com a sua chegada, acabou o caô no clube.
Flamengo, um visitante indigesto
Das seis vitórias conquistadas pelo Flamengo neste Campeonato Brasileiro, todas sob o comando de Cristóvão Borges, quatro aconteceram fora de casa. Acostumados a ter a força de sua torcida no Maracanã como principal arma, os rubro-negros veem a lógica se inverter. Para o treinador, a explicação está na grande pressão por resultados que o time vivia por causa do início ruim na competição.
“Cheguei sob muita pressão e necessidade de ganhar. O adversário sabe disse e joga no nosso erro. O time não tinha ainda a maturidade para aguentar essa ansiedade. Nos últimos jogos em casa, não perdemos, jogamos de forma lúcida, com a torcida apoiando”, disse.