Fonte: UOL
Uma carreira no exterior, longe dos grandes cenários do futebol mundial. Ainda desconhecido no Brasil, Kayke retorna ao Flamengo, clube onde foi revelado, tendo como inspiração um companheiro de ataque: Sheik.
Assim como o reforço rubro-negro, Emerson se jogou mundo afora para tentar ganhar a vida após dar de cara com portas fechadas no profissional.
Enquanto Kayke fez carreira em países nórdicos da Europa como Suécia, Noruega e Dinamarca, Sheik conquistou seu território no Japão, Qatar e Emirados Árabes.
Determinados, deram um salto financeiro e conquistaram adaptação e respeito fora do país, mas a saudade do Brasil bateu forte e decidiram voltar.
Em 2009, um ainda anônimo Emerson ganhou chance no Flamengo e teve explosão meteórica. Fez gols, boas partidas, ganhou o carinho da torcida e até apelido, que agora já caiu na boca do povo e virou “sobrenome”. Mesmo tarde, já que chegou ao Brasil com 29 anos, construiu um currículo de respeito, tendo conquistado um tricampeonato brasileiro, uma Libertadores e um Mundial.
Já Kayke ainda não teve a mesma sorte. Com um retorno um pouco mais precoce, já que possui 27 anos, ele teve passagens de pouco brilho no Paraná e no Atlético-GO. Este ano, no ABC, chamou a atenção dos clubes da Série A por, atualmente, ser o vice-artilheiro da Série B. Mesmo com sondagens de outras equipes grandes, optou pelo Flamengo por ser seu time do coração e onde viveu boa parte de sua juventude.
“Eu não tinha nem projeção de estar voltando para um time grande como o Flamengo. Foram muitas propostas de vários times, mas quando apareceu o Flamengo, eu nem pensei. Não era um objetivo e, sim, um sonho distante. Eu achava que teria que passar por alguma etapa ainda antes de chegar lá, mas Deus me abençoou dessa forma e agradeço ao ABC por isso. Joguei 12 anos pelo Flamengo, atuei algumas vezes em 2007, e hoje eu estou voltando para continuar essa história”, disse em entrevista coletiva de despedida do ABC.
Como profissional pelo Rubro-Negro, Kayke atuou em apenas quatro partidas em 2007. Na Europa, defendeu o Häcken (SUE) e o Tromso (NOR), em 2010, e o AaB Aalborg, de 2011 a 2013. Em 2014, ainda teve uma passagem pelo Nacional (POR).