Fonte: Mauro Cesar Pereira
O dirigente contrata por fortunas mensais jogadores decadentes e há tempos no exterior. Mas quando obviamente não dá certo, a culpa é do ídolo que não ficou, tratado pelos oportunistas como desertor. Não é difícil iludir esse povo.
E se o presidente investe pesado numa contratação e depois faz um acordo que impede a nova estrela de enfrentar seu ex-clube na estréia em casa? Tudo bem, foi o presidente, né? Acertos em outras áreas dão licença para errar no futebol.
A dívida cresce rapidamente, a cada ano. Balanços só são divulgados anualmente, isso porque a lei exige. Clube gasta mais do que arrecada, um perigo, mas foi campeão. E o dirigente vira um intocável.
O cartola para de pagar impostos, cria dívida para o clube, não consegue vender o patrocínio para o estádio e acumula erros. Mas a culpa é de quem chama a “arena” pelo apelido, o nome do bairro.
Outro presidente elitiza a torcida, pratica preços inviáveis para a massacrante maioria dos apaixonados pelo clube. Mas as rendas têm sido boas, então, ai de quem criticar o homem, tudo parece perfeito.
O velho dirigente reaparece. Aliado de uma federação que promove campeonato ruim e joga as fichas no título mais secundário da temporada. E o conquista! Taí, é o respeito, dizem. E o que era péssimo ficou maravilhoso. Mas por pouquíssimo tempo.
Assim pensam e agem os fanáticos por dirigentes, espécimes estranhos que nas redes sociais se multiplicam como preás. Bicho esquisito o torcedor do cartola.