A iniciativa da CBF de ir à Fifa pedir autorização para o uso de recursos de vídeo no futebol não é inédita. Em fevereiro de 2015, a Federação Holandesa (KNVB) também consultou a entidade sobre o assunto e, mesmo já realizando testes com replays, ouviu um “não” como resposta.
Na sexta-feira, a CBF anunciou que, seguindo um pedido dos clubes, apresentará um projeto à Fifa prevendo a criação do Árbitro de Vídeo, com “a atribuição de corrigir erros claros e indiscutíveis que possam alterar o resultado ou o desenvolvimento das partidas”.
A ideia dos holandeses era semelhante. A federação local propôs que um assistente tivesse acesso a um monitor com replay das jogadas e pudesse comunicar ao árbitro qualquer eventual equívoco grave. O objetivo é que a tecnologia fosse aplicada já nesta temporada.
A experiência chegou a sair do papel em 34 jogos-testes. Sem o aval da Fifa, contudo, não pôde haver qualquer comunicação entre o assistente que via os replays e o juiz da partida. Se aprovado, o sistema seria utilizado na Copa da Holanda de 2015/16.
O veto veio após encontro do IFAB (International Football Association Board), órgão que regulamenta as regras do futebol. É em painel desse órgão, no próximo dia 14 de outubro que a CBF apresentará seu projeto. Manoel Serapião Filho será o responsável.
Além da Fifa, têm poder de voto no IFAB as Federações Inglesa, Escocesa, Irlandesa e Galesa de Futebol. Na ocasião do pedido holandês, membros ligados ao órgão definiram o colegiado como “conservador”, mas elogiaram o projeto apresentado, apesar da negativa.
Fora a CBF e a Federação Holandesa, a MLS (Major League Soccer), liga profissional de futebol dos Estados Unidos, também já manifestou interesse no uso de recursos eletrônicos durante os jogos, aumentando, assim, a força da pauta para os próximos encontros do IFAB.
Os holandeses, inclusive, estão confiantes que receberão a aprovação da Fifa. No último mês de agosto, a entidade afirmou estar capacitando árbitros para usarem a tecnologia. “Treinando os juízes agora, estaremos prontos assim que a Fifa der sinal verde”, disse um porta-voz da KNVB.
No projeto que será apresentado pela CBF, serão passíveis de interferência do árbitro de vídeo seis tipos de lance:
– Dúvida se a bola entrou ou não no gol;
– Saídas da bola pela linha de meta, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti;
– Definição do local de tiros livres diretos, ocorridos nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti;
– Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas de modo claramente equivocado
– Impedimentos por interferência no jogo, caso na mesma jogada haja gol ou pênalti;
– Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem;
Fonte: ESPN
Pq as federações escocesa, galesa tem voto! Mal tem tradição! É como aquele garoto q é dono da bola q e quer escolher qual esporte jogar
Já passou da hora de se começar a recursos eletrônicos nas partidas.