Kleber Leite: ‘Calma, muita calma…’

Se alguém tiver o cuidado de fazer uma avaliação sobre os últimos comentários, vai se deparar com a mais óbvia das conclusões. O que vale no futebol é o resultado. Vários companheiros já confessaram ter mudado de ideia e, alguns, de forma contundente.

O que era ruim, passou a ser bom. Como que num passe de mágica, em curtíssimo período, quando quase não houve tempo para treinamentos, o novo técnico já conseguiu produzir drástica e positiva modificação no modo de jogar do time. Enfim, estivemos todos errados o tempo todo. Nós, os “analistas” que qualificamos de forma equivocada alguns jogadores.

Cansei de ler aqui que Pará, Ayrton, Wallace, Samir, Márcio Araújo, Canteros, Everton, Paulinho, Marcelo Cirino, e por aí vai, eram autênticos pernas de pau. Nesta mesma linha de raciocínio, errou feio a diretoria, pois pelos últimos resultados positivos, os treinadores anteriores foram os culpados, e quem os contratou, e os segurou no cargo por tanto tempo, foi quem tem a caneta na mão, além da demora “secular” para se contratar os reforços… Enfim, na média, erro geral!!! Será mesmo?

Mario Gonçalves Vianna já dizia que o “o jogo só acaba, quando termina”. O que isto quer dizer? Que conclusões precipitadas não ajudam em nada, mesmo que, para elogiar seja. Sugiro aproveitarmos este momento mágico, como quem está vivendo um romance que nunca esperou encontrar. O momento não pede análises e questionamentos. O momento pede leveza, deixar o barco ir, curtir, saborear…

Sejamos, proponho, menos críticos, até com as nossas críticas, até porque, como disse Neném Prancha, “futebol é que nem gangorra. Uma vez se está em cima, outra vez se está em baixo”.  Portanto, muita calma nessa hora, quando na gangorra, estamos em cima…

O tempo, é o templo para qualquer conclusão que esteja próxima da verdade e da justiça.

Calma, muita calma…

Acredito que, esta matéria do Globo.com, tenha tudo a ver com o que acabo de aqui colocar. Vale a pena ler o texto abaixo.


Jogo a Jogo: certezas duram uma rodada na maluquice do Brasileirão

São Paulo, que apanhara feio do Santos, tem vitória mais expressiva em um fim de semana no qual Corinthians amplia vantagem na liderança para cinco pontos

Repare: o São Paulo tinha levado 3 a 0 do Santos quatro dias atrás e foi a Porto Alegre para ser o primeiro time a bater o Grêmio na Arena no Brasileirão. Assim, manteve-se na cola do Flamengo, que lutava contra o rebaixamento até um punhado de rodadas atrás e agora fecha o G-4, no qual o Santos, aquele que tinha feito 3 a 0 no São Paulo, só não está grudado porque levou 3 a 1 da Ponte Preta, que não vencia há seis jogos, incluindo aí uma derrota para o Vasco, que é lanterna e também é um dos três que conseguiram vencer as duas últimas partidas – a mais recente, sobre o Atlético-PR, outro que flerta com o G-4.

Confusão, né? É que o próprio Brasileirão de 2015 é uma grande miscelânea de resultados – um campeonato em que algumas de nossas certezas duram a eternidade de uma rodada. E ele seria tão divertido se não fosse assim?

Fonte: Blog Kleber Leite