Volto depois de vinte dias desaparecido deste cantinho.
Dez dias por conta de um problema de saúde e dez dias por superstição.
Isso mesmo, superstição.
Coincidentemente, minha parada foi no último jogo do primeiro turno do Brasileiro e o Mengão passou a atropelar todo mundo, em seis rodadas seguidas.
Líder invicto do segundo turno!
100% de aproveitamento!
Saímos das proximidades do Z-4 e hoje ocupamos a quarta colocação, no chamado G-4.
Eu não queria voltar e, no caso de uma derrota de nosso time, ser acusado de pé-frio.
Decidi arriscar, na véspera da sétima vitória seguida, nesta quinta-feira, diante do Coritiba, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Ou alguém duvida?
Considero que o que o Oswaldo de Oliveira conseguiu fazer com os nossos jogadores é um verdadeiro milagre.
Não que o elenco fosse ruim, mas que faltava seriedade e senso profissional aos jogadores, isso eu afirmo com todas as letras.
Oswaldo, o milagreiro
Sei que os jogadores não concordam com a minha afirmação, mas se não era isso que estava acontecendo, então a coisa é mais complicada ainda…
Luxemburgo e Cristóvão, não me perguntem porque, não conseguiram com que os jogadores rubro-negros entendessem que jogavam no maior clube do Brasil e que tinham que dar o sangue pelo Manto Sagrado.
Oswaldo, flamenguista desde garotinho, conseguiu…
Até o Pará passou a jogar bola, é claro, dentro de suas limitações.
Sai um, entra outro, seja em que posição for, e o time segue na mesma toada.
Alan Patrick virou o “camisa 10”, que a torcida tanto queria e é uma espécie de maestro deste time.
Sai Guerrero, entra Kayke e, para espanto geral, a qualidade não caiu.
Eu fui um dos que torceu o nariz quando soube que Kayke, cria da Gávea, estava de volta.
Sai Cáceres (infelizmente vendido para o Mundo Árabe), Canteros ou Márcio Araújo e vem o Luiz Antonio comer a bola e, de quebra, fazer um golaço, num chute de primeira.
Sai Emerson e chega Paulinho, que vem reeditando atuações dignas de sua melhor fase, em 2013. Outro que soltou um foguete de primeira e marcou um gol antológico.
Até parece que Luiz Antônio e Paulinho andaram estudando o inesquecível gol de Leandro, naquele mítico Fla-Flu de 1985. Quem ainda não viu, assista no link abaixo.
Eu sempre disse aqui que o elenco do Flamengo, ainda mais com os reforços que chegaram, estava entre os cinco melhores do Brasil, podendo até a lutar pelo sétimo título brasileiro, e que eu não entendia como poderia o Flamengo jogar tão mal e entregar jogos que estavam na mão.
Hoje somos um elenco, um time de verdade, coeso, onde quem entra não deixa a torcida sentir saudades de quem está de fora.
Tomara que a seriedade continue, para delírio da Nação.
Paramos até de levar gols de cabeça!
O único que não entrou na onda geral de jogar bem é o Marcelo Cirino. Este continua se arrastando em campo e destoando dos demais. O Oswaldo vai ter um trabalho extra para resgatar o bom futebol do Cirino.
Agora o Fla só depende dele mesmo, para chegar no Top-3 e garantir de verdade uma vaga na Libertadores.
É, porque o quarto lugar ainda não garante nada, já que, se um time brasileiro for campeão da Sul-Americana, só os três primeiros colocados do Brasileirão vão para a Libertadores.
Paschoal Ambrósio Filho
Fonte: Notícias Rubro-Negras