Foi um sábado estranho. Afinal, era esperado um verdadeiro caldeirão na HSBC Arena, um jogo parelho e o Flamengo sendo Flamengo. No entanto, nada disto foi visto. A vitória do Orlando Magic era esperada. Mas a forma como ela foi construída (90 a 73) frustrou.
Algo estava diferente no ar. Mesmo a HSBC Arena com um bom público, a grande maioria rubro-negra, foi uma torcida que pouco gritou, cantou e apoiou.
Talvez os jogadores do Flamengo tenham sentido a responsabilidade de buscar uma vitória histórica. Afinal, ano passado, no encontro na Flórida, o Rubro-Negro fez frente e venceu um quarto.
O Orlando Magic, por incrível que pareça, parecia estar treinando. Aproveitou os sucessivos erros do adversário e imprimiu seu estilo e ritmo de jogo. Victor Oladipo, ausente em 2014, e Nikola Vucevic, carrasco do ano passado e que repetiu a dose neste ano, ditavam o ritmo da equipe da Flórida.
Uma razão que pode explicar a baixa produção do time de José Neto é justamente o entrosamento. Sem peças importantes da temporada passada como Benite e Laprovittola, e com jogadores que ainda estão se encaixando no time como Rafael Luz, Mineiro e JP Batista, os poucos momentos de lucidez viram de bolas de longa distância.
Em nenhum momento o Flamengo mostrou poder de reação. Mas em todos mostrou dignidade de lutar até o fim por uma atuação digna de suas tradições. A derrota de ontem em nada mancha a alcunha de “Orgulho da Nação”. E, cá entre nós, o clube já entrou na história por fazer parte da partida deste sábado. Agora, é fazer os ajustes necessários para a temporada que tem pela frente. Defender o título do NBB e reconquistar a Liga das Américas estão no radar.
Fonte: Lancenet