A Chapa Azul, cujo candidato à presidência do Flamengo é o atual mandatário, Eduardo Bandeira de Mello, divulgou em seu site um vídeo no qual Bandeira e seus vices explanaram o plano de governo que pretendem colocar em prática caso vençam as eleições de dezembro. Atual vice de planejamento, Flávio Godinho, que assumirá o futebol do clube se seu grupo triunfar, garante já estar projetando a próxima temporada. Baseado no modelo do Barcelona e de outros europeus, revelou que pretende um Fla com o mesmo esquema tático desde o fraldinha até a equipe profissional.
– O Flamengo vai prestar muita atenção à divisão de base. Nossa filosofia de trabalho consiste em que, desde a escolinha ao futebol profissional, você tenha um esquema tático pré-definido e que todo mundo tenha um mesmo padrão de treinamento. Para que o jovem, quando ascenda ao futebol profissional, já esteja familiarizado com as práticas adotadas e esquema tático. Você tem que contar com atletas que te permitam ter a flexibilidade de mudar o esquema tático durante o jogo. Muitas vezes se perde o meio-campo e é preciso recuar um atacante, por exemplo – disse.
O ideal de Godinho é compartilhado por Muricy Ramalho, que fez estágio no clube catalão e revelou-se impressionado justamente com a padronização do esquema tático do Flamengo. Muricy, aliás, é um dos mais cotados para assumir o cargo de Oswaldo de Oliveira em 2016. Confira depoimento do treinador ao “Bem Amigos” sobre o Barça.
Godinho ainda revelou que outro princípio a ser empregado é o de priorizar a revelação de novos jogadores em detrimento à cobrança excessiva por conquista de campeonatos na base.
– Por outro lado a diretriz que vai ser dada para a turma da base é que fiquem menos preocupados com títulos. Pressão por títulos na base é muito grande, então há a tendência de se escalar jogadores mais fortes fisicamente. Normalmente na base o time que conta com jogadores mais parrudos acaba se sagrando campeão. Mas não necessariamente revela talentos, que é a função básica e princípio de qualquer divisão de base.
A formação de talentos, porém, não fica restrita a jogadores que crescem dentro do Flamengo. O Santos é exemplo, segundo Godinho, que crê ser necessário mapear também joias de outros centros. Espera fazer isso como uma “rede de olheiros de primeira linha” e pretende dar demandas aos treinadores da base.
– Posso pedir que o técnico da base me forme dois meias canhotos, ou um zagueiro ou um atacante de determinada característica – exemplificou.
Fonte: GE