Os percentuais na eleição do Flamengo

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Se algum jornalista dissesse ou escrevesse que 33,3% dos candidatos a presidente do Flamengo são “filhos da p(*)”, certamente os três postulantes ao cargo sentir-se-iam ofendidos, achincalhados, e exigiriam desse jornalista um retratação, fora os danos morais na Justiça. Seria uma reação natural e justa. A menos que esse profissional desse nome ao tal filho, e aí os processos e retratações reduzir-se-iam a um só interlocutor.

De fato não me ofendi com a declaração rancorosa e mal-educada do candidato Wallim Vasconcellos, de que 75% ou 80% dos jornalistas “são filhos da p(*)”. Dona Esther, minha mãe, espanhola da melhor safra das Astúrias, morreu jovem, aos 56 anos, em 1993. Antes disso, jamais passou perto do que antigamente se chamava uma “casa de viração”. Portanto, certamente não foi a mim que o senhor Wallim quis insultar. Mas chama a atenção o fato de que o candidato tem gente muito próxima a ele que já trabalhou em empresas de comunicação, em funções jornalísticas. Talvez Wallim tenha sido pouco ou mal abastecido de informações por eles.

Trabalho no jornalismo há 29 anos. Conheço, portanto, muita gente que milita não apenas no jornalismo esportivo. Por amostragem, posso dizer com confiança que é impossível que nessa, ou em qualquer outra profissão, haja 75% de filhos da p(*). O percentual não reflete sequer o número de incompetentes entre os jornalistas, mas se o senhor Wallim tivesse usado esse adjetivo, ainda se podería argumentar. Nos termos colocados, é perda de tempo.

Tenho alguma experiência de profissão e de vida para, por mais que seja duro de aceitar uma agressão dessa natureza, aconselhar meus colegas a não dar argumentos para quem fala tamanha bobagem. A cobertura da eleição do Flamengo deve manter a isenção, o equilíbrio, o espaço igual a todos.

Jornalista tem de cobrir os fatos e repassá-los à sua audiência. Quem tem de saber que tipo de gente vai tomar conta do Flamengo nos próximos anos não somos nós, são os eleitores do clube. Os percentuais que interessam à instituição,  que é infinitamente maior do que qualquer candidato, não são os que “a” ou “b” usaram para ofender. Os percentuais que importam são os que sairão das urnas no próximo dia 7 de dezembro.

Fonte: Blog Entre Canetas

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  • não gosto do wallim,e ele errou no percentual,o percentual é 99 %,e para de blablabla,vc sabe muito bem no que ele quis dizer fela da puta!,não leve ao pé da letra.tá se doendo dimais.

  • Se o comentário do wallim não ofendeu esse cara, porque ele ta se importando tanto com o que ele falou? Deve ser porque ele quer audiência e atenção, como a maioria dos proprios jornalistas fdp’s que o Wallin sitou. Eles só o querem audiência e atenção, independentemente de a notícia ser verdadeira ou falsa, eles só querem atenção. SRN!

  • Ja começou errado pelo título não condizente com a matéria… Eu aqui esperando um percentual de intenções de voto entre os 3 e o cara falando da idoneidade da mãe dele… Po meu cumpadi isso vc pública no seu Facebook, aqui é pra matérias sobre o Flamengo, me ajuda ai…

  • Wallim ta certissimo.
    wallim presidente jaa.

  • São fdptas mesmo e tds sabem disso, aliás, diga-se que a imprensa no Brasil é uma piada, um dos câncer que assola esse país, assim como a corrupção e a política, vcs são especialistas em organizar matérias tendenciosas, sensacionalistas, país de brincalhão, país de brincantes, país de bosta, mas como o candidato bem disse, ainda tem uns 20% jornalistas decentes( pra mim não chega a 10%) .

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