A noite de terça-feira reservou a Marcelinho o que ele chamou de “uma volta no tempo”. Pegar a estatística do jogo contra o Mogi e se ver como cestinha, despertou essa sensação no experiente jogador. O que um dia norteou seus pensamentos, hoje parece não ter a mesma importância. Aos 40 anos, o ala-armador do Flamengo está mais preocupado em ser o mais ofensivo que puder, mas não só arremessando. Tem dado contribuições preciosas nas armações das jogadas e nas assistências. Está satisfeito com a boa resposta que o joelho operado vem dando e com o que a campanha da reformulada equipe no NBB 8. Para ele, o ponto alto tem sido a homogeneidade.
– Fico muito feliz de ver que tomei a decisão certa (de fazer a segunda cirurgia no mesmo joelho), que me leva a ter um ganho. Estou me sentindo cada dia mais velho e melhor. Acho que a experiência ajuda muito. Hoje a nossa equipe não depende de um ou de outro jogador. Temos muitos talentos e estamos sabendo usar todas as nossas armas e explorar todas as posições. No jogo contra o Mogi, por exemplo, o Rafael Luz meteu duas bolas importantes num momento crucial. Dificilmente você vai ver um jogador fazer mais do que 20 pontos. A pontuação é bem dividida, a gente consegue um número grande de assistências (foram 25 no último confronto). Estamos sabendo explorar todas as posições. Não tem um destaque individual e é difícil marcar um time assim. Essa é a nova cara do Flamengo. Que janeiro venha logo – disse.
Depois de fechar o ano com apenas três derrotas em 13 jogos, o atual tricampeão da competição segue sonhando com o quarto título seguido e também com a Liga das Américas. O trabalho será retomado no dia 2 de janeiro de 2016. Ano olímpico. Embora diga que a artroscopia foi feita para poder jogar na sua plenitude pelo Flamengo, sem limitação nos movimentos, os olhos de Marcelinho brilham quando o assunto é seleção brasileira. Dia desses, atuou sob o olhar atento de Rubén Magnano numa partida na Gávea.
– Um pedido para 2016? Vou guardar, não vou falar (risos). Se seria disputar as Olimpíadas do Rio? Eu me comportei direitinho. Por que não? – diverte-se.
Fonte: GE