A rivalidade entre flamenguistas e botafoguenses ganhou um tempero a mais depois da partida entre as duas equipes na estreia na Superliga B de vôlei masculino. Após a vitória do Rubro-Negro por 3 sets a 1, nesta quarta-feira, o diretor de vôlei do Botafogo, Guilherme Lopes, e o técnico alvinegro, Mauro Lima, reclamaram da realização do clássico carioca no acanhado ginásio Togo Renan Soares “Kanela”, na Gávea, com capacidade para apenas 350 torcedores.
Os botafoguenses queriam que o jogo fosse realizado em um lugar maior, com a possibilidade de receber mais público. Além disso, também pediam que o duelo acontecesse em um ginásio neutro, já que a competição tem turno único e o Botafogo não terá a chance de jogar contra o Flamengo dentro de casa.
– Esse jogo poderia ser no ginásio da Tijuca, da AABB, que comportam mais de mil pessoas. Principalmente por se tratar de um feriado (de São Sebastião, padroeiro do Rio), sem sol e às 4 horas da tarde, poderia encher. O Flamengo usou o regulamento, o ginásio tem capacidade para 350 pessoas, nos deram 20% dos ingressos, que são 70 ingressos. Mas se você imaginar que a equipe tem 20 atletas e mais 10 pessoas na comissão técnica, se cada um resolver trazer o pai e a mãe já são 60. Se esse jogo fosse no ginásio do Tijuca, com certeza teriam 3 mil torcedores lá, 1.500 do Flamengo e 1.500 do Botafogo. Hoje nós tivemos dez convites para dar, ficou muita gente para fora. Ficou até muito mais gente para fora do Flamengo, que é um monstro, tem mais torcida que o Botafogo – reclamou Guilherme Lopes.
Na partida desta quarta, o ginásio da Gávea ficou lotado, com os 350 lugares ocupados, distribuídos nos três pequenos degraus de arquibancadas em uma das laterais e em cadeiras de plástico colocadas nos fundos da quadra. O jogo foi aberto ao público, com entrada gratuita, e em determinado momento a Polícia Militar precisou controlar a entrada das pessoas para que a capacidade não fosse excedida. Com isso, dezenas de torcedores ficaram do lado de fora.
O diretor do Botafogo deixou claro que os pedidos para a mudança de local foram feitos desde a divulgação da tabela, há três meses, mas a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) não aceitou. Guilherme preferiu não colocar diretamente a culpa no Flamengo, mas lamentou a decisão da confederação.
– Desde o congresso técnico de outubro do ano passado até ontem, o Botafogo tentou reverter isso. Eu mandei mais de dez e-mails para o Radamés Lattari, que é supervisor da CBV, flamenguista por coincidência, não estou duvidando da honestidade, mas a gente não entendeu a decisão. Nós brigamos muito para esse jogo não ocorrer aqui (na Gávea), e a CBV marcou o jogo aqui. O responsável pelo Flamengo não se opôs a uma mudança, nós somos todos amigos, não existe inimigo no esporte amador olímpico, existe adversário. A CBV disse que não, que foi um sorteio automático. Faltou um pouco de bom senso – disse o dirigente.
O técnico do Botafogo, Mauro Lima, seguiu na mesma linha do diretor, também reprovou a realização do clássico na Gávea e citou um possível “privilégio” ao time rubro-negro na tabela da Superliga B. Além de pedir uma quadra neutra, ele também afirmou que o teto do ginásio é muito baixo e prejudica a prática do vôlei.
– O ginásio atrapalha porque tem o teto muito baixo, tem uma referência ruim de iluminação, e o Flamengo treina aqui todo dia, então faz muita diferença. Não foi por isso que o Botafogo perdeu, mas o desrespeito ao Botafogo na questão da tabela tem que ficar claro. É uma pena que a Confederação Brasileira de Vôlei tenha marcado o jogo para esse ginásio. Esse ginásio não comporta uma partida desse porte, a torcida ficou de fora, não foi bacana. Além disso, ninguém sabe o motivo de o Botafogo jogar três jogos fora e dois em casa, e o Flamengo jogar três jogos em casa e dois fora, se não houve um sorteio de tabela. Houve um privilégio ao Flamengo, mas tudo bem, eu não vou ficar aqui dando uma de recalcado, porque meu time teve chance de ganhar o jogo na bola aqui dentro, e perdeu – afirmou o treinador alvinegro.
Flamengo e CBV rebatem
Questionados pelo Globoesporte.com sobre as reclamações do Botafogo, Flamengo e CBV rebateram e explicaram o motivo de a partida ter sido disputada na Gávea. O departamento de esportes olímpicos do Rubro-Negro informou que o ginásio passou pela aprovação da confederação e ainda destacou a sua condição de mandante do clássico.
– O Flamengo teve o ginásio Togo Renan Soares, “Kanela”, aprovado pela Confederação Brasileira de Voleibol para as disputas da Superliga B, incluindo a partida contra o Botafogo. Não escolhemos um ginásio neutro porque fomos o mandante do jogo e preferimos jogar onde treinamos diariamente e ao lado da nossa torcida. Quanto ao teto, é da mesma altura para ambos os lados da quadra – diz a nota do Fla.
A CBV também deu a sua explicação, ratificou a aprovação do ginásio da Gávea e negou qualquer tipo de favorecimento ao Flamengo pelo fato de a equipe jogar mais vezes dentro de casa do que o Botafogo nesta primeira fase da Superliga B.
– O ginásio do Flamengo em que foi realizado o jogo contra o Botafogo, na quarta-feira, dia 20 de janeiro, está em conformidade com o regulamento da Superliga B. Cumpre ressaltar que a partida em questão foi realizada sem qualquer incidente. Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) entende que a utilização de ginásios de clubes, desde que em conformidade com o regulamento da competição, é benéfica pois reduz os custos de participação das associações disputantes. Em relação ao mando de campo, como são seis os clubes participantes na Superliga B masculina e a disputa na primeira fase é em sistema de turno único, com todas as associações se enfrentando entre si e cabendo a cada uma cinco jogos, três equipes fazem dois jogos em casa e três jogos fora. As outras três equipes fazem três em casa e dois fora. O Botafogo faz três jogos fora, mas a preocupação é fazer com que viaje apenas duas vezes para fora da cidade (contra o Flamengo a partida foi no Rio de Janeiro). A CBV faz todos os esforços para estimular a participação na Superliga B de forma a que mais clubes possam disputar a competição. Tanto assim que a competição foi planejada para 8 clubes, mas ampliada para 13 no Masculino de forma a atender a todos os interessados em dela participar – explica a CBV, por meio de sua assessoria de imprensa.
Fonte: GE
Cômico o foguinho pedir um ginásio com capacidade maior kkkk
O ginásio realmente é pequeno para a imensa Nação Rubro-Negra. Agora o Foguinho reclamar disso é piada né? 30 ingressos eu já acho muito pra eles o que dirá 70
“rivalidade entre flamenguistas e botafoguenses” Que rivalidade?? kkkkkk
Esse tetinho aí da foto, fala sério… É só pra treino mesmo. Ganharíamos do mesmo jeito em um ginásio maior, dava pra cobrar um ingressinho e ajudar o orçamento do vôlei profissional, que deve ser bem humilde nesse primeiro ano.
Até no vôlei eles choram…