Depois de 3 gols no último jogo, Almir lembra saída do Fla: “Muita lenha para queimar”

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Vice-artilheiro do Carioca pelo Bangu, meia-atacante volta a viver bom momento no clube após passagem apagada pelo Rubro-Negro: “Eu saí um pouco triste”

Três é demais? Não para Almir. O meia-atacante do Bangu está feliz da vida nesta segunda-feira. Culpa de um domingo inédito para ele. Aos 33 anos, o jogador curte o primeiro hat-trick da carreira. Na partida contra o Bonsucesso, pela quarta rodada do Carioca, o camisa 10 do Alvirrubro fez três gols. Pediu música no “Fantástico”, da Rede Globo, e não para de receber mensagens pelo feito.

– Cara, foi muito bom. Primeira vez que isso acontece. Já tinha feito dois pelo Botafogo, dois pelo próprio Bangu. Mas três… Bom demais, bom demais. Eu fiz dois no primeiro tempo, aí no intervalo pensei: pô, será que sai o terceiro? Tinha um tempo inteiro para fazer. E aconteceu. Novidade para mim, uma alegria.

O bom momento de Almir reflete na melhora do Bangu no campeonato. Depois da derrota na estreia para o Botafogo, o time venceu três seguidas e está na terceira posição no Grupo A, com nove pontos, à frente, por exemplo, do Fluminense. Almir é o vice-artilheiro da competição, com cinco gols, um a menos que o tricolor Fred.

– Meu objetivo é fazer mais gols do que o ano passado (foram sete pelo Bangu). Se acontecer, maravilha. Não entro pensando em ser artilheiro. Até porque por ser um meia eu gosto de dar assistência, servir meus companheiros. Prefiro deixar acontecer naturalmente.

A trilha sonora que embalou os gols de Almir no “Fantástico” foi “Pindaíba”, do cantor Luan Estilizado, que participou do programa Superstar, também da Rede Globo.

– Assim que acabou o jogo meus companheiros já perguntavam qual seria a música, me parabenizaram no vestiário. Eu fico sem graça, porque meu sucesso é o da equipe, um precisa do outro. Ninguém ganha sozinho. Nossa equipe foi muito bem ontem. Escolhi o Luan, da Paraíba, e a música de trabalho dele. Ele chorou. Ficou emocionado com o pedido, não esperava. O Geraldo, atacante que joga comigo, é muito amigo dele e coloca a música do Luan quando vamos juntos ao treino.

Almir está na quarta passagem pelo Bangu. Também jogou pelo clube em 2012, 2014 e 2015. E fez sucesso. Ano passado, por exemplo, chamou a atenção de Vanderlei Luxemburgo e foi para o Flamengo por indicação do treinador. Não conseguiu repetir o mesmo sucesso, mas diz que valeu a pena.

– Foi uma honra vestir a camisa do Flamengo. Um sonho para qualquer atleta. Eu saí um pouco triste, foi um ano difícil. Não fizemos um bom Brasileiro, a expectativa era muito grande. Não tive muitas oportunidades. Fui contratado a pedido do Vanderlei Luxemburgo, tenho que agradecer. Ainda não pude falar isso publicamente. Infelizmente com a saída dele acabei perdendo espaço, quebrei o braço, isso atrapalhou. Quando eu lembro e penso no Flamengo, é com alegria. Faltou para mim sequência para ganhar ritmo. Infelizmente não tive. Isso atrapalhou um pouco. Se tivesse uma sequência, minha vontade era muito grande de chegar e jogar, e dar resultado. Mas infelizmente, bola pra frente. Ainda tem muita lenha para queimar, continuar trabalhando com dedicação, como sempre fiz. Pensar e ajudar o Bangu, conquistar os objetivos dentro da equipe.

O objetivo não é modesto, não. Almir quer o título.

– A gente vem trabalhando muito forte, depois dessa terceira vitória seguida a confiança está lá em cima. Objetivo é classificar e depois lutar. Conseguimos chegar na semifinal em 2012. Quero chegar, lutar pelo título. Todos sabemos que é. Não custa nada sonhar. Sonho. Meu objetivo é esse. Toda vez que venho para o Bangu assumo naturalmente a responsabilidade por ter jogado em grandes clubes, a cobrança é sempre maior. Já estou acostumado com isso. Bacana é o reconhecimento por estar vindo de um grande clube, sou bem recebido, e o resultado disso tudo que acontece é de muito trabalho, muita confiança de todas. É a felicidade de estar jogando, ajudando, fazendo gol. Isso me deixa muito satisfeito.

Na quinta rodada, quinta-feira, o Bangu pega o América, em Edson Passos, às 21h (de Brasília).

Fonte: GE

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  • Quando o Jaime treinou o time um único jogo contra o náutico escalou Arthur Maia e Almir na armação, eu achei o Flamengo bem mais criativo do que com os 3 volantes que estavam sendo utilizados. Mas infelizmente nessa mesma partida o Almir se machucou, não teve mais sequência e quando entrava com o time perdendo e sem nenhuma organização não rendia.

    Mas teria qualidade pra compor elenco sim, foi mal aproveitado

  • Almir é um bom jogador. Não deu sorte no Mengão e, antes disso, não teve a sequência necessária para ganhar confiança e impor o seu futebol, no clube da Gávea.
    Gosto de seu comportamento em campo, jogando na direção do gol e finalizando sempre com muita qualidade. Também é muito experiente, disciplinado e tranquilo, dentro e fora do campo.
    Pelo custo, deveria ter sido mantido no Mengão.

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