O Fla-Flu no Pacaembu repetiu 1942 e terminou sem gols. Muito pela imprecisão nas finalizações, mas também por conta dos trabalhos de Muricy Ramalho e Levir Culpi precisando de maturação.
No lado rubro-negro, o desgaste pelas viagens é notório. A questão não é o cansaço em si. Vale pouco o argumento surrado de que “exausto fica o trabalhador que pega o trem lotado de manhã cedo”.
Fisiologistas e médicos alegam que o “avião nas costas” e a posição nas poltronas de aeroportos e aviões dificultam a circulação do sangue e, consequentemente, a recuperação. Esgotamento em relação ao adversário que viajou menos.
Argumento válido de Muricy Ramalho. Responsabilidade da gestão do clube, desde o anúncio do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos. 2008. Gestão Márcio Braga, substituído por Delair Drumbosck em 2009. Depois Patrícia Amorim.
Bandeira de Mello desde 2013. Ninguém atuou efetivamente para encontrar um estádio alternativo na cidade para 2016. Houve tempo de sobra para recuperar, ampliar, cuidar do entorno e do acesso.
Mas a diretoria de vanguarda nas finanças, no equacionamento das dívidas, preferiu a saída populista do “Maraca é nosso” ou “Flamengo enche qualquer estádio no país”. De fato, a quinta maior torcida da cidade de São Paulo contribuiu com a maioria dos 30 mil presentes que proporcionaram a maior renda e o maior público do Carioca – uma bizarrice em si.
No entanto, o futebol de intensidade requer preparação e recuperação adequadas. Não basta investir na melhora da estrutura do Ninho do Urubu se o elenco vive em hotéis e aviões. Compete pouco. E a gestão Bandeira de tantos acertos erra mais uma vez no futebol.
Na quarta, muito do vexame em Aracaju foi pelo cansaço mental. Ou falta de concentração, cada vez mais importante. Primeira fase, jogo de ida da Copa do Brasil, festa em Sergipe. Oito minutos, expulsão de Elielton, capitão do Confiança.
“Off”. O Fla nitidamente se desconectou da disputa pela certeza de que bastaria jogar naturalmente, golear e evitar o jogo de volta. Preguiça, chances cristalinas desperdiçadas. A bola puniu no belo gol de Everton.
A pelota não tem sido generosa com o time da Gávea também pelos equívocos de seu treinador. Muricy quer linhas adiantadas e compactas. Posse de bola e troca de passes com paciência até o momento certo de dar profundidade às jogadas.
Defesa avançada com jogadores lentos e/ou mal posicionados que cedem espaços às costas e oportunidades aos adversários? Posse e calma com peças que só aceleram, pensam pouco e erram muito? Só não se desmanchou no Pacaembu no primeiro tempo porque o Flu de Levir Culpi ainda precisa de muitos ajustes, inclusive nas finalizações.
Por fim, a pergunta da temporada até aqui: Emerson Sheik será mesmo a referência do time, o jogador que sai da esquerda para dentro tentar articular o jogo ou finalizar?
O camisa onze tem personalidade e, pelo visto, exerce liderança. Mas erra demais nas tomadas de decisão e tecnicamente não é virtuoso para tamanha responsabilidade. Chama o jogo, pede a bola, não se esconde. Virtudes que adiantam pouco se o acabamento não é preciso. Tenta armar o time até por Mancuello…e o Flamengo trava.
Muricy é só elogios, permite que seja o dono do vestiário e raramente substitui. Aliás, durante a semana em uma das coletivas o treinador elogiou a ideia da FIFA de acrescentar uma substituição. Mas mesmo com todas as queixas de cansaço nem sempre faz as três mudanças, prática que vem de muito tempo. Difícil entender.
Assim como é difícil vislumbrar um futuro na temporada para o Flamengo itinerante. Exaurido e mal pensado, dentro e fora de campo.
Sem blindagem. Dando a Muricy o que é de Ramalho e a Bandeira o que é De Mello.
Fonte: Blog André Rocha
ok…
Reconheço o belo trabalho do presidente do Flamengo em questões extracampo, mas não sou tiete de dirigente e quando o mesmo erra, pode e deve ser criticado.
Mas além dessa estratégia duvidosa de preferir faturar em caravanas pelo país e estourar fisicamente os jogadores, existe um fator que poderia ter resolvido essa questão.
Poucos se lembram, mas o nosso “querido” prefeito Dudu das Milícias, havia prometido reformar o estádio do Bangu, aumentando a sua capacidade para 20 mil pagantes, ajudando a resolver a questão de falta de estádio na cidade.
Vocês cumpriram a promessa? Nem ele…
https://www.brasil247.com/pt/247/rio247/104326/Prefeitura-cogita-reforma-no-Est%C3%A1dio-Mo%C3%A7a-Bonita.htm
20 mil???? Pensa pequeno hein.. na gávea cabe mais kkkk
Não era obviamente uma solução definitiva, pra ser o estádio do Flamengo.
Apenas uma excelente opção para o Flamengo mandar a maioria dos seus jogos na cidade do Rio de Janeiro nesses meses sem o Maracanã.
Esses inúteis querem jogos em Volta Redonda para 15 mil pessoas. Ou no poleiro de pato.
Cadê as sugestões? Com argumentos convincentes?
Por que perdemos patrocínio e sempre falam que precisamos aumentar o ST. Mas como sem jogar fora do rio? Por que o rio que AMA o Flamengo tem 10 milhões de pessoas talvez? E por que 60 mil STs? Se quiserem garantia de jogos no rio, adiram mais ao ST.