As falhas do Flamengo no empate por 1 a 1 com o Figueirense, no estádio Mané Garrincha, não tiraram o humor do técnico Muricy Ramalho. Ele destacou que o time é ofensivo e, por isso, acaba se expondo mais. O importante é que o empate foi suficiente para o Flamengo se classificar em primeiro lugar geral na Primeira Liga. Sobraram elogios para alguns jogadores, como Willian Arão, Ederson e Guerrero.
– Esta é uma competição curta, meio que mata-mata. Você tem que classificar, que é o mais importante. Foi um jogo aberto. Nosso time tem uma característica muito ofensiva e às vezes você abre um pouco. Mas essa é a maneira de jogar. Criamos muitas oportunidades novamente, mas também sofremos um pouco no contra-ataque. Mas é o ideal para a competição e passar de fase – avaliou Muricy.
Ele destacou a evolução de Guerrero ao longo deste ano, a recuperação de Ederson, que ainda não está 100% e pediu para ser substituído, e o jogo ofensivo do volante Willian Arão.
– A gente respeita as características do jogador. Esse jogador é um volante diferente. É mais um meia do que um volante. A verdade é essa. O forte dele é mais à frente que atrás, na marcação. Infiltra bem, chega para finalizar. A gente só respeita as características do jogador. Nosso time é assim, que joga bastante aberto, vai sofrer um pouco, mas são as características do nosso time. Temos que respeitar isso. E o Arão faz parte dessa maneira de jogar nossa. O voltante tem que jogar também. Hoje não dá para o volante fazer uma só função, que é marcar – afirmou o treinador.
Muricy disse que, no jogo de sábado, contra o Madureira pelo Campeonato Carioca, poderá ter Alan Patrick de volta.
– Patrick pode ser que sábado tenhamos para compor o time. Não sei se joga ou não. Mas está voltando pouco a pouco. Treinou e não sentiu. Todos estão aptos para jogar, só Mancuello não. Ele vai demorar um pouco.
O treinador rubro-negro ficou em cima do muro ao comentar o gol do Figueirense, marcado após falha do zagueiro Wallace e do goleiro Paulo Victor.
– Ali a distância para mim é muito complicado Fica muito longe da jogada. Não deu para perceber o que foi ali. Sinceramente, não deu. É muito longe. Seria injusto fazer uma análise disso. Só agora que vou ver o tape do jogo, a gente vai analisar. Mas não posso dar essa opinião porque é muito longe para mim.
BRASÍLIA APROVADA
O público no jogo foi modesto: apenas 7.219 pessoas, um décimo da capacidade do Mané Garrincha. O gramado também não estava bom como no jogo anterior do time no estádio, o Fla-Flu em 21 de fevereiro. Mas Muricy voltou a defender que o Flamengo mande seus jogos no Mané Garrincha, principalmente para não ficar se movimentando muito pelo país, já de olho para quando começar o Campeonato Brasileiro, em maio.
– Gostei de Brasília. Primeiro, porque o estádio é muito bom. O campo hoje não estava tão legal como da outra vez, não sei o que aconteceu. Temos muita torcida aqui. Então temos que valorizar um lugar. Não é nossa cassa assim, mesmo, mas é uma coisa que o jogador vai começar a se adaptar, ou seja, jogar sempre no mesmo lugar. Mas vai depender de muitos acertos ainda. O que a gente não quer é ficar se movimentando muito. Aí a logística é ruim demais.. Esta aqui para nós ainda é a melhor – disse Muricy.
– Estamos já olhando o Campeonato Brasileiro, porque aí sim é uma competição perigosa, e a gente tem que ter um lugar – acrescentou o técnico.
Fonte: O Globo
O Ederson tem que entrar na vaga do Sheik, senão o meio fica sobrecarregado. Quem deve entrar no lugar do Mancu é o Canteros, foi nessa posição que ele se destacou no Velez e também foi quando ele jogou suas melhores partidas pelo Fla. Um pouco mais avançado que o volante, mas recompondo o meio campo.
Essa é a oportunidade que o Canteros precisa, enquanto o Mancu se recupera, ele pode ganhar confiança e ser um reforço que já estava no elenco.