Cerca de 24 horas, esse foi o tempo que separou a atuação de Paolo Guerrero pela seleção peruana diante do Uruguai, em Montevidéu, e a atuação do atacante no clássico contra o Vasco, em Brasília.
Após o duelo contra os uruguaios, o jogador do Flamengo pegou um voo, que fez escala no Rio de Janeiro, para Brasília, chegando na capital na manhã de quarta-feira. Com aval do departamento médico o camisa 9 entrou em campo, e segundo a diretoria rubro-negra, por vontade própria.
Em campo, Guerrero, como sempre, teve seu duelo particular com o zagueiro Rodrigo, empurrões, discussões e até cotovelada foram ingredientes dessa disputa pessoal. Apesar da entrega, visivelmente o cansaço o atrapalhou durante a partida.
Guerrero no clássico:
No primeiro tempo, o peruano teve duas grandes oportunidades, na primeira escorou para defesa de Martín Silva, no rebote, com o goleiro caído, Guerrero tocou fraco e a bola foi defendida pelo uruguaio. Um lance incrível que lembrou os gols perdidos por Deivid com a camisa Rubro-Negra. Mas um fator chamou à atenção, dando sinais de desgaste, faltou perna ao atacante para concluir com perfeição.
No segundo, mais um lance bastante curioso. Ao receber livre dentro da grande área o jogador preferiu escorar de cabeça para Gabriel, neste caso, os atacantes costumam dominar e concluir para o gol.
Em entrevista coletiva depois da partida, o técnico Muricy Ramalho elogiou a postura do atacante em pedir para disputar o clássico e garantiu que o jogador não quis sair no intervalo.
“O jogador se propôs, ninguém fez pedido especial. Ninguém. Ele se propôs, teve até um contratempo no aeroporto, o que é sempre problemático. Fez todo esse sacrifício e não dá para chegar e dizer que vai para o banco. Mostrou todo comprometimento. Jogou o tempo todo. Agradecemos pelo profissional que ele está sendo. Depois fizemos nova pergunta. Perguntei se ele estava pronto para voltar do intervalo. E como o nome diz. É um guerreiro mesmo. E mostrou hoje”.
Mas apesar do desgaste, o peruano foi mais participativo do que o companheiro Emerson Sheik, por exemplo, que estava descansado. O camisa 11 não foi bem no clássico, apareceu pouco, não criou e nem deu boas opções aos companheiros. Aliás, o jogador que conta com total apoio de Muricy Ramalho vem muito abaixo do que se espera dele.
No próximo sábado o Flamengo tem mais um clássico pela frente, desta vez diante do Botafogo, em Juiz de Fora. E após todo desgaste Paolo Guerrero não está garantido na partida. A comissão técnica estuda dar um descanso ao atacante. Porém, em sexto lugar e fora da zona de classificação para a fase decisiva do Carioca, o Rubro-Negro precisa da vitória. Uma derrota pode custar caro aos comandados de Muricy Ramalho.
Fonte: Goal