Três pontos se destacam no balanço patrimonial do Clube de Regatas do Flamengo que foi apresentado ontem:
Receitas – crescimento de 2,5%
Dívidas fiscais – redução de 26,7%
Resultado do exercício – crescimento no superávit de 203%
Receita cresce abaixo da inflação… Mas cresce, apesar do PIB
O mais importante nesse balanço é, sem dúvida, o conjunto de todos os resultados, mas, em minha visão pessoal, lembrando que não sou especialista no assunto, eu destaco o crescimento das receitas.
O balanço identifica-as como Receitas Operacionais Brutas, o que é tecnicamente correto, é claro, mas para nosso melhor entendimento vou separa-las.
De forma alguma, e essa é uma prática deste OCE há muitos anos, considero receitas com transferências de atletas como operacionais. Portanto, se desconsiderarmos esse valor, a Receita Operacional Bruta do clube como um todo, ou seja, englobando esportes amadores e área social, apresentou um crescimento de 5,1%. Reparem que o crescimento das receitas dobra, percentualmente, quando retiramos da mesma a rubrica Transferências de Atletas.
Vejamos agora a Receita Operacional Bruta do Futebol, que é, em minha visão, a mais importante e, naturalmente, dela igualmente descartando a receita com a “venda de jogadores”, como se dizia nos tempos em que o famigerado “passe” vigorava. Chegamos, nesse caso, a um crescimento de 5,8%, um resultado excelente, especialmente num ano em que a performance esportiva esteve longe da que sonham os torcedores rubro-negros.
Foi ótimo, mas…
O ano de 2015 foi péssimo para a economia e para a vida econômico-financeira de todos os brasileiros, pessoas físicas e jurídicas, indistintamente.
O PIB, o Produto Interno Bruto, que é, resumidamente, a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país (ou região), em valores monetários, geralmente expressos em dólares americanos,despencou 4,1%. Um resultado terrível, cujo impacto sobre a economia do país e sobre a vida de cada um de nós, começa a ser sentido com mais força nesse ano corrente de 2016.
O ano de 2015 teve outro componente econômico catastrófico, que em qualquer avaliação de resultados, como é o presente caso, não pode ser ignorado: o país fechou o ano com uma inflação de 10,7%.
Apesar de tudo isso, entretanto, a Receita Operacional Bruta do Futebol rubro-negro cresceu 5,8%, ou seja, pouco mais da metade da inflação. Olhando por um viés realista, essa receita ficou 4,6% abaixo do que seria o valor que empataria com a inflação.
Ah, então não foi um bom resultado, dirá um leitor apressado que não leu o “detalhe” referente ao PIB.
Considerando, então, a brutal queda do PIB do país, esse índice de crescimento, mesmo abaixo da inflação, foi excepcional. Principalmente por se dar a partir de um valor já bastante elevado e, repito, num ano de baixa performance esportiva.
Transpondo essas considerações para o clube como um todo, o crescimento nominal da receita (crescimento nominal se refere à diferença entre os valores desconsiderando a inflação; crescimento real ocorre quando essa diferença supera a inflação do período; prefiro não usar a expressão “crescimento negativo”) de 2,5% ficou bem abaixo da inflação – ela corrigiu apenas um quarto da inflação, mas, novamente, quando consideramos o desempenho geral da economia nacional foi um resultado bom, no mínimo razoável, diante da catástrofe representada pela queda do PIB.
Repisando a mesma tecla, para ser o mais claro possível: para mim, pessoalmente, o crescimento da receita foi o ponto mais importante desse balanço, devido à brutal queda do PIB brasileiro.
R$ 91 milhões de “desconto” – o prêmio para a responsabilidade fiscal
A Lei 13.155, de 4 de agosto de 2015, a Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte originada da famosa MP 671, velha conhecida dos leitores deste OCE, regulamentou o PROFUT, o programa de parcelamento das dívidas fiscais e tributárias dos clubes esportivos.
No dia 23 de setembro de 2015, foi emitida a Portaria Conjunta PGFN/RFB no 1.340, que, por sua vez, regulamentou o parcelamento dos pagamentos dessas dívidas em 240 parcelas mensais, com o desconto de 70% nas multas existentes e contabilizadas, desconto de 40% nos juros, também contabilizados, e 100% de desconto nos encargos legais. Esse conjunto de benesses, além do prazo de 20 anos, no caso do Flamengo resultou em um “impacto positivo de aproximadamente R$ 91 milhões registrado em 2015”, como descreve o balanço.
Ou seja, um belíssimo desconto no valor da dívida apenas pela assinatura do acordo de parcelamento.
Grande bônus.
Que será um ônus gigantesco em caso de não cumprimento do que foi acordado.
Não pode existir bônus sem ônus.
Assim como não existe almoço grátis.
E a garantia da manutenção desses fantásticos bônus é uma gestão rigorosa e séria no trato com as dívidas. Como tem sido a gestão Bandeira de Mello no Flamengo.
Esse é um dos pontos que todo torcedor deve levar em consideração ao se sentir decepcionado com o time, querendo grandes jogadores, cobrando por resultados de sonhos.
Flamengo “lucra”mais que o Barça
Ah, que vontade de colocar esse título no post!
Aposto que teria “um milhão de cliques”.
O problema é que seria falso e com ele enganaria o torcedor rubro-negro.
Primeiro ponto: ao contrário do FC Barcelona, o Clube de Regatas não apresenta lucro ou prejuízo em seu balanço e sim Superávit ou Déficit. Porque essas figuras comuns e bem conhecidas – lucro e prejuízo – só se aplicam a empresas ou, no caso do futebol, a sociedades empresárias, ou seja, os chamados clubes-empresa. Coisa que o Flamengo não é, assim como não é nenhum outro grande brasileiro.
Vamos lá, vamos falar um pouco desse superávit, “maior” que o lucro do Barça.
No balanço do exercício fiscal 2014/2015, fechado em 30 de junho de 2015 (isso mesmo, o ano-fiscal europeu coincide com a temporada do futebol), o Barcelona apresentou um resultado positivo em suas contas de 15 milhões de euros. Esse valor em euros representava, na data de fechamento do balanço do Flamengo, que foi 31 de dezembro de 2015, R$ 63,9 milhões de reais, que podemos arredondar para R$ 64 milhões.
No fechamento de seu balanço, o Flamengo apresentou um estupendo superávit de R$ 130,45 milhões, 103% maior que o apresentado em 2014. Se descontarmos a inflação de 2015, esse valor seria de R$ 116,5 milhões, ainda fantástico, sem a menor dúvida.
Considerando o superávit do Barça, o valor nominal do superávit rubro-negro seria o dobro do valor do lucro do Barcelona. Descontando a inflação brasileira, como explicado, esse superávit seria 82% maior. Fantástico, de qualquer forma, mas irreal, pois é difícil, quase impossível, comparar a sério os dois clubes, as duas realidades.
De qualquer forma, não deixa de ser bonito e sonoro o torcedor flamenguista bater no peito e dizer que o Fla ganhou mais dinheiro que o Barça.
Vale um chopp ou um refrigerante ou um drinque qualquer bebido com gosto em homenagem à gestão rubro-negra, única entre os clubes brasileiros.
Fonte: Olhar Crônico Esportivo
Queremos ver o futebol crescer!!!!!!
MAS PELO JEITO QUE TÁ A CEREJA DO BOLO VAI SER CAIR PARA A SEGUNDONA…TIME NÃO FAZ NADA DE NOVO NINGUEM CRIA NADA, NAO TEM QUEM CHUTE A GOL SEM MANCUELLO NINGUEM SABE NEM COBRAR ESCANTEIO…
Nas outras épocas o flamengo sempre brigava lá em em cima ne?
Pessoal reclama, como se o flamengo sempre fosse bom no campo, o flamengo ganhava um titulo grande em anos em anos,
a verdade tem que ser dita, o time do Flamengo no papel vem melhorando a cada dia que se passa.
O problema está na falta do estadio. o Corinthians venceu alguns jogos na base da torcida,
O time do flamengo de titular todos os jogadores teriam ao menos ser reserva imediato em qualquer clube do Brasil.
Agora o futebol está começando do ZERO, nego quer ver um barcelona jogando.
Vai oscilar muito esse ano ainda, o próprio Corinthians em 2015 começou atropelando depois deu uma queda de rendimento e se recuperou.
Isso tudo por que manteve o técnico e a base do time, e teve sua torcida ao lado, a do Flamengo só reclama não vira sócio torcedor pq diz que o time não colabora, quem tem que colaborar e você primeiro para ajudar a trazer novos jogadores.