Flamengo vê jogo em SP como ‘gol de placa’ e pede transparência da federação

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O presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, convidou os torcedores de São Paulo e do Rio de Janeiro para acompanhar o “gol de placa” que será clássico entre Flamengo e Fluminense. A partida válida pelo Estadual do Rio será realizada no domingo, no Pacaembu, às 16h (de Brasília).

É a segunda vez na história que a partida será realizada em São Paulo. O primeiro foi realizado há 74 anos, em 1942.

“É o clássico mais charmoso do futebol brasileiro. No estádio mais charmoso do futebol brasileiro. O torcedor pode almoçar em São Paulo, visitar o Museu do Futebol, e, de sobremesa, acompanhar o jogo. Vai ser um gol de placa”, disse Bandeira em entrevista à “TV Folha”, nesta quinta-feira.

Durante a entrevista, o presidente também cobrou transparência na gestão da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro).

“Cerca de 70%, 80% dos recursos da federação saem do bolso dos torcedores do Flamengo e não sabemos para onde vai o dinheiro, quais clubes recebem empréstimos da federação”, disse Bandeira.

O dirigente também criticou a taxa cobrada pela Ferj sobre os clubes grandes. “É algo que tem que ser profundamente mudado”, declarou.

Com o Maracanã e o Engenhão em obras para a Rio-2016, a equipe tem enfrentado dificuldades para mandar seus jogos. Nesse período itinerante, o Flamengo já atuou nos estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Moacyrzão, em Macaé, ambos no Estado do Rio.

Neste domingo, o clube rubro-negro enfrenta o Fluminense no Pacaembu, em São Paulo. Mesmo com a partida fora do Rio, a Ferj não vai abrir mão da cobrança de 10% da renda bruta. A Federação Paulista de Futebol terá direito a 5% da renda bruta, por organizar a partida em seu estado.

“Estamos em uma época em que a ética e a transparência ganham mais importância. Gostaria que o futebol carioca fizesse parte disso”, complementou.

Bandeira reconheceu que a torcida flamenguista vem sendo prejudicada ao longo dos anos pela falta de um estádio próprio.

“A situação atual não nos agrada. Estamos aguardando se faremos do Maracanã nossa própria casa, através de uma nova licitação para administração do estádio junto com parceiros. Ou outro contrato com a administração atual, mas que fosse bom para todos”.

“Fomos obrigados a assinar por falta de opção em 2013. Ou ficamos no Maracanã ou discutiremos a construção de um estádio próprio em um espaço a ser decidido ainda”, completou.

Atualmente, o estádio é operado pelo Consórcio Maracanã, administrado pela Odebrecht e AEG.

CBF

Sobre a eleição do Coronel Antônio Carlos Nunes à presidência interina da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Bandeira deixou claro que o clube não votou no atual mandatário.

“Enviamos uma lista de tudo o que queríamos fosse mudado no futebol brasileiro e na CBF. Tem uma agenda de mudanças de governança corporativa tentando ser implementado por uma auditoria e agora temos que acompanhar e cobrar”, destacou.

Sobre a disputa pelo reconhecimento do título de Campeão Brasileiro de 1987, o presidente do Flamengo disse que, para os torcedores, não há dúvida de que o Flamengo é o campeão.

“O que está sendo discutido é se a CBF pode oficializar o reconhecimento do título. Mas o Flamengo é o campeão, isso não há dúvida.

No início do mês, o clube foi derrotado o Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o recurso do clube carioca que pedia o reconhecimento do título de campeão brasileiro de 1987.

Uma sentença de 1994 estabeleceu o Sport como campeão daquele ano. A CBF, entretanto, reconheceu, em 2011, o Flamengo também como campeão, mas acabou desautorizada pela Justiça.

Fonte: FutNet

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