A eliminação do Flamengo na Primeira Liga, o tropeço na estreia da Copa do Brasil diante do Confiança-SE e a queda de produção no Estadual, exemplificada pelo empate sem gols com o Fluminense, fizeram o clube rever o planejamento na ausência do Maracanã. Na verdade, o técnico Muricy Ramalho e o diretor Rodrigo Caetano, com respaldo dos dados do Centro de Excelência em Performance, passaram por cima de qualquer opção política ou comercial da diretoria e ficaram ao lado dos jogadores, exaustos pelo excesso de viagens.
O resultado foi a implementação de um rodízio que terá continuidade independentemente do jogo seguinte e do apelo publicitário que a diretoria esperar da partida. E haverá prioridade em mandar jogos em Volta Redonda, com deslocamento para Brasília em alternativas de maior apelo, nas finais do Estadual e no Brasileiro, por exemplo.
A discussão interna não é de hoje e colocou em lados opostos o futebol e os departamentos técnicos da Gávea. Caetano e o diretor de marketing Bruno Spindel, responsável por cumprir o orçamento com receita maior de bilheteria, têm relação complicada para atingir, cada um, seu principal objetivo. Com o respaldo do diretor-geral Fred Luz e do diretor financeiro Paulo Dutra, Spindel ganhou força, mas foi freado por Caetano com apoio total do técnico Muricy Ramalho e dos jogadores.
O treinador, simplesmente, bloqueou qualquer interferência da diretoria, que se resignou em não atingir os melhores números financeiros. Só em não chegar à final da Liga, por exemplo, o prejuízo estimado é de quase R$ 1 milhão.
— Tem que fazer o que é o correto. Não adianta por time que não aguenta. Tem que respeitar o atleta, estamos sem treinar, só jogando. Sábado vou parar alguns, também. Não é achismo, tem que estar pronto para jogar. Fomos alertados que teremos contusões e estamos evitando. Vai ter rodízio, não importa o jogo que é — falou Muricy, que deu folga na quinta-feira a seis jogadores – Juan, Wallace, Willian Arão, Jorge, Rodinei e Paulo Victor.
Na prática, funcionará assim: neste sábado, contra o Volta Redonda, na Cidade do Aço, joga quem estiver em condições físicas ideais. No jogo seguinte, contra o Vasco, a mesma coisa. A ideia inicial não é poupar ou priorizar uma competição em detrimento da outra. No caso, agora, sobrou apenas Estadual e Copa do Brasil, em que a tendência também é jogar no Raulino de Oliveira, em abril, contra o Confiança-SE.
Rodrigo Caetano não quis comentar sobre a queda de braço do futebol com outros setores. Depois da eliminação na Liga, porém, deixou claro as dificuldades que enfrenta.
— Aqueles que não militam no futebol julgam isso como desculpa, mas é relevante. Não é só o desgaste da viagem, impede que o técnico treine o time, corrija. Mas não vai ser o discurso o ano todo. Vamos minimizar com peças que possam dar conta do recado e superar através de prevenção e recuperação para superar a dificuldade que é inerente ao nosso trabalho hoje — avaliou.
Procurado, o Flamengo informou através de sua assessoria que nas decisões relacionadas ao planejamento da temporada do futebol sempre serão levados em consideração aspectos técnicos, comerciais, de marketing e logísticos, buscando resultados fora e, principalmente, dentro de campo.
Fonte: Extra
Queria ganhar um real cada vez que o Muricy menciona a palavra cansaço ou algum sinônimo de tal palavra, estaria milionário.
Não é querendo justificar nada, mas a forma que o jornalista do Extra escreveu a matéria é altamente tendenciosa. Este jornaleco adora implantar crise dentro do Flamengo. e se tem alguma ele aumenta de maneira que parece que o clube vai implodir a qualquer momento.
Porra, o cara (Anderson, do Facebook) querendo dizer que o momento do Florminense é melhor? Tá de sacanagem. A crise lá está implantada desde o ano passado; Tem uma das piores defesas (se não a pior) dos times de série A e o cara tá com inveja porque os jogadores deles não sentem cansaço? Tá de sacanagem. A grama do vizinho é sempre mais verde mesmo.