Nada acima do que se esperava… E também nada abaixo. Fizemos o que deveria ser feito contra Boavista e Bangu, pelo menos no resultado final estampado no placar. Apesar de um desempenho bem sofrível em boa parte do tempo no jogo do último final de semana, pegamos a vaga esperada na fase decisiva do Carioqueta e enfrentamos o Vasco na semifinal do próximo domingo.
Porém… Porém… Como ninguém do lado de cá compartilha da “Síndrome Euriquiana do Campeonato à Parte” e julga o clássico contra o maior rival importante, mas sem exageros histéricos, mormente nesse atual período da história cruzmaltina, quando a equipe de São Janu virou passageira habitual da Gangorra Do Inferno Desportivo, transitando eternamente entre as Séries A e B, primeiro tem o Confiança, em segundo o Vasco.
Tem até pontos semelhantes nas nossas partidas contra as duas equipes citadas acima. Além de pertencer à divisões subalternas do futebol tupiniquim, o Confiança, assim como o Vasco nas últimas oportunidades, decidiu descer o sarrafo da maneira mais descarada possível em nossos atletas no jogo em Sergipe. Teve chute na cara, expulsão, gritaria, ofensas e coisas que, como todos percebemos no último domingo, são atitudes mais adequadas para os salões nobres dos que nos governam (ou não governam) lá de Brasília. Olho vivo. Com a vantagem do empate, a equipe sergipana deve vir disposta a armar um 10-0-0 dos mais ferrolhados e suíços na tentativa de realizar a façanha histórica de eliminar o Flamengo na primeira fase da Copa do Brasil.
Teve gente querendo bater no Alan Patrick nas redes sociais. Tudo porque ele proferiu a heresia de que não seria vergonha ser eliminado pelo Confiança no jogo dessa quarta. Menos, né pessoal? Obviamente ele estava só cumprindo o protocolo da educação. Ou vocês queriam que o cara chegasse lá na frente do microfone da coletiva, ao lado do saco de cimento (só eu e meu filho achamos que aquilo fica esquisito?), e falasse algo do tipo: “Não vamos nem tomar conhecimento. Vamos passar por cima de forma impiedosa porque na verdade a gente tá pensando no jogo de domingo”? Não dá, né?
Nem sabemos direito qual time vai a campo. Mas eu acho, só acho, que o Marcio Araújo deveria ser titular e jogar os 90 minutos. Tudo como castigo por ter falado merda no dia da eliminação na Primeira Liga. Queria descansar? Era só ter ganho de uma equipe da Série C por dois gols de diferença, no lugar de ter cometido a deselegância com a Nação Sergipe de ter conseguido perder o jogo de forma tão sofrível… Aliás… Podiam até botar o Godinho pra jogar . Ao fim do jogo da ida também proferiu a asneira ladainhenta do “o nosso projeto é a longo prazo”. Nada, a prazo nenhum, vai dar certo se a gente achar normal ser derrotado por uma equipe (que teve total merecimento na vitória) da Série C.
Do lado de lá, nosso adversário segue bem na disputa do Campeonato Sergipano. Em terceiro no hexagonal final, vem subindo de produção e conquistou três vitórias seguidas nas últimas rodadas. Apesar disso, Fahel Junior, técnico que não é o mesmo de quando o Flamengo enfrentou o Confiança no jogo de ida, se mostrou insatisfeito com o desempenho da equipe na última partida. Éverton Santos, autor do gol deles contra o Mais Querido, vem vivendo seus dias de estrela e querendo repetir a dose… Mas o que me preocupa mais, particularmente, é um tal de Thiago Orobó. Atacante com nome esquisito é um perigo. Todo bom rubro-negro sabe disso.
Brincadeiras à parte, temos tudo para concluir bem essa nossa Trilogia Decisiva Contra Nanicos. Uma sequência pra lá de sonolenta para encerrar esse período do ano que tem mesmo essa característica modorrenta. Nada como um jogo que não deveria existir para simbolizar o fim da parte chata da temporada. Vamos à vitória. Saraújo e Godinho neles.
Mercio Querido
Fonte: Torcedor do Flamengo
Esse blogueiro não tem nem 10 por cento do talento do Arthur Muhlenberg pra escrever. Coisa chata.