Botafogo e Flamengo apostaram em gringos no início da temporada para fortalecer o elenco. O Alvinegro contratou quatro: Joel Carli, Salgueiro, Lízio e Yacaré. O quarteto, no entanto, ainda não mostrou o valor e apenas dois deles são titulares e mesmo assim sem tanto destaque. O Rubro-negro, por outro lado, conta com três estrangeiros. Paolo Guerrero chegou no ano passado, mas ganhou as companhias de Cuellar e Mancuello, que não demoraram para conquistar o status de indispensáveis para o técnico Muricy Ramalho.
O Flamengo terminou a temporada passada com uma certeza: precisava de reforços para se inserir entre os melhores times do Brasil. O departamento de futebol mirou no mercado sul-americano, onde existe uma grande oferta de jogadores que custam mais barato, na maioria dos casos, que os brasileiros.
Em busca de um camisa 10, o Rubro-negro escolheu Mancuello, do Independiente. O Flamengo adquiriu 90% do argentino por US$ 3 milhões (cerca de R$ 12 milhões) e não demorou para o apoiador mostrar em campo o quanto será fundamental para a temporada. Titular absoluto, ele sofreu um estiramento no ligamento esquerdo e ainda se recupera no departamento médico.
Outra carência do elenco do Flamengo também foi resolvida com a chegada de um gringo. Sem confiar em Marcio Araújo, a diretoria acertou em cheio ao trazer Cuellar. O volante estava no Deportivo Cali-COL e custou um pouco menos que Mancuello: US$ 2 milhões (pouco mais de R$ 8 milhões) para negociar 70% do atleta.
Isso sem falar em Guerrero, que caiu nas graças da torcida desde o primeiro jogo, em 2015, quando marcou na vitória sobre o Inter, no Beira Rio. Bem verdade que os gols não se tornaram rotina para o peruano no Flamengo, mas a importância do camisa 9 para equipe é inegável.
O Botafogo, por outro lado, não estava na mesma situação do Flamengo. Em vez de peças pontuais, a diretoria de General Severiano foi ao mercado por atacado, já que se desfez da grande maioria do elenco campeão da Série B, em 2015. Até o momento, quatro gringos foram contratados, mas a verdade é que pelo menos dois deles estão em xeque no clube.
São os casos de Gérvásio Nunez e Damián Lízio. O primeiro é meia-atacante e deu a impressão que cairia nas graças dos alvinegros ao marcar o gol da vitória em sua estreia diante do Bangu. Ele, porém, não voltou a repetir a atuação nos jogos seguintes. Pior. Mostrou um lado que incomodou grande parte da torcida como quando, por exemplo, quis finalizar de letra e perdeu uma oportunidade clara.
Lízio viveu situação parecida. O argentino naturalizado boliviano também fez o gol da vitória em sua estreia diante da Portuguesa. Na oportunidade, ele saiu do banco e fez o segundo do Botafogo. O apoiador, porém, ainda não conseguiu agradar a torcida ou comissão técnica. Ambos, inclusive, tem ficado até mesmo fora do banco de reservas em algumas oportunidades.
Os gringos que se salvaram no Botafogo são Joel Carli e Salgueiro. O zagueiro venceu uma dura concorrência com Emerson Silva e Renan Fonseca para formar dupla titular com Emerson na defesa do Alvinegro. Com jeito de xerife, o gringo vai conquistando a torcida com lances de garra. Ele até marcou o segundo gol da equipe diante do Volta Redonda.
Quem mais chamou a atenção dos botafoguenses, porém, é Salgueiro. O jogador cehgou com status de titular e assumiu a camisa 10 sem grandes dificuldades – o número era usado por Gegê até então. O uruguaio não teve uma grande atuação até o momento, mas deixa claro a cada partida que será fundamental para o sucesso do Alvinegro em 2016. O Botafogo ainda procura um atacante e o mercado sul-americano é a provável fonte. Sem dinheiro, a diretoria alvinegra tenta fazer milagre para manter o time competitivo no Brasileiro.
Fonte: UOL