Duelo rendeu R$ 3.531.240, equivalente ao maior lucro do futebol nacional nestes cinco meses de temporada. Vale dizer que foi apenas o 7º maior público do ano
É bem verdade que ainda resta uma partida para o fim da maioria dos campeonatos estaduais do Brasil. No entanto, analisando a rivalidade entre os finalistas, o preço médio dos ingressos e a capacidade de público do estádio, é possível afirmar que nenhuma das decisões será tão lucrativa quanto o jogo entre Vasco e Flamengo, realizado na Arena da Amazônia, em Manaus, pela semifinal do Campeonato Carioca.
O jogo, apesar dos 40.619 pagantes, rendeu R$ 3.531.240, equivalente à maior renda do futebol brasileiro neste ano, considerando todas as competições, até essa altura da temporada. Os rivais cariocas lucraram R$ 500 mil cada. O restante foi dividido entre a empresa organizadora e Federação Amazonense de Futebol.
A renda é justificada, principalmente, pelo preço médio dos ingressos, avaliados em R$ 86. Criticado pelos torcedores amazonenses, os bilhetes custaram, por exemplo, o dobro do confronto entre Grêmio e Internacional, válido pelo Campeonato Gaúcho e Primeira Liga. O Gre-Nal, apesar de receber um público de 44.839 pagantes, rendeu ”apenas” R$ 1.937.749. Nem mesmo a partida entre São Paulo e Toluca, de maior público no ano (53.241), faturou tanto: R$ 2.646.286.
Outros números enfatizam a arrecadação do clássico carioca na Arena da Amazônia, que encerrou 2015 com déficit de R$ 7.352.829 milhões. Na temporada passada, por exemplo, a quinta maior receita do futebol nacional foi na partida entre Cruzeiro e River Plate, pela Libertadores: R$ 3.646.216. O lucro do duelo na capital amazonense entraria, pelo menos, no top 10.
100% lotado
Candidata a Elefante Branco em 2015, a Arena da Amazônia recebeu o maior público (em questão de porcentagem) em 2016. Se na tabela geral o duelo, responsável pelo recorde de público do local, está na sétima posição, em outro dado, o confronto entre alvinegros e rubro-negros lidera: na lotação do estádio. As arquibancadas atingiram o limite máximo de torcedores. Nesse quesito, o Corinthians assume a segunda e terceira colocações. Diante do Cerro Porteño, 42.403 torcedores foram à Arena Corinthians assistir à vitória do time da casa por 2 a 0. No entanto, 6% das arquibancadas ainda estavam livres. Contra o Coberloa, 41.710 foram ao jogo – ”apenas” 92% das cadeiras foram ocupadas.
Fonte: GE