A relação não é exatamente de puro amor, mas por falta de carinho Guerrero não passa no Flamengo. Ainda antes do jogo – na derrota por 2 a 1 para o Fluminense -, era o nome do atacante peruano que mais ecoava nas arquibancadas da Arena das Dunas, em Natal. De volta ao time rubro-negro mais de um mês depois de deixar o clube para defender o Peru na Copa América, ele fez o primeiro gol dele no Brasileiro, no seu terceiro jogo. Mais que isso, mesmo sem ser contundente, comandou o ataque do Flamengo.
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Com atenção especial ao retorno do atacante, o GloboEsporte.com acompanhou cada passo e as 37 vezes que Paolo Guerrero tocou na bola ou participou de um lance no clássico. Por onde se movimentou, onde pegou a bola, o que fez com ela, em que acertou e quais erros. Não foi uma atuação nota 9, mas deixou boa impressão e esperança de que os mais baixos do que altos do primeiro ano de Guerrero na Gávea – ele estreou com gol e passe para outro no dia 8 de julho do ano passado no Beira-Rio, vitória por 2 a 1 – podem dar espaço à regularidade de gols e boas atuações que a torcida tanto espera.
Enfim, nervos no lugar
A definição de que atacante sofre e não comete faltas pode ser discutível para alguns. Mas, de preferência, um jogador do nível de Guerrero não deveria ter mais cartões do que gols marcados. São 17 cartões – 16 amarelos e um vermelho – e 14 gols em 40 jogos. Contra o Fluminense, num jogo truncado como todo clássico normalmente é, Guerrero cometeu apenas uma falta em disputa no primeiro tempo, mas reclamou pouco com o árbitro e se controlou. Pendurado com dois cartões amarelos, recebeu quatro faltas durante a partida, uma delas bem no início de Henrique, e ficou na dele. Somente no segundo tempo, estranhou-se rapidamente com Gum, mas nada que chamasse muita atenção.
Posicionamento
Não foi fácil para Guerrero finalizar. Foram apenas três chances. No primeiro tempo, cabeceou e Gum cortou no combate aéreo. O zagueiro tricolor também pediu com uma voadora que o peruano escorasse o cruzamento de Cirino – na sobra, Alan Patrick perdeu. A segunda e a terceira finalização foram no mesmo lance. Recebeu de calcanhar de Cirino, armou o chute e quem estava lá? Gum. Ironicamente, o capitão tricolor “ajeitou” e Guerrero enfim marcou o dele de novo com a camisa rubro-negra. A intuição de artilheiro, que procura a bola e aposta no erro do zagueiro explicam o gol.
Pivô de categoria
Guerrero só tocou na bola dentro da área cinco vezes neste clássico. Mas foi muito bem quando se afastou, recuou e, principalmente, colocou bolas na medida para Marcelo Cirino. Na incrível chance perdida – a primeira delas – por Alan Patrick no início da partida, é com o deslocamento, a visão de jogo do camisa 9 e o entrosamento com o veloz Cirino que nasce a jogada. Variações desse tipo de lance – até mesmo com Guerrero no chão, tentando enfiada para Sheik – se repetiram 11 vezes fora da área. Ele acertou a maioria delas. Acertou 22 passes e errou quatro.
Queda no segundo tempo
O amplo domínio do Flamengo no início do jogo não era o mesmo no fim do primeiro tempo. Na segunda etapa, a partida foi mais equilibrada. E, consequentemente, Guerrero participou menos das disputas – viveu batalha intensa e equilibrada com Gum, dentro e fora da área. No primeiro tempo, foram 23 toques na bola. Depois do intervalo, 14 vezes.
Luta e concentração
Guerrero saiu de Natal como chegou. Em silêncio, sem entrevistas, sorrisos ou acenos para a torcida, apesar de toda a atenção com torcedores no aeroporto, na chegada e na saída do estádio. Participou do combate quando foi preciso e tirou uma bola ajudando a defesa numa cobrança de escanteio.
Fonte: GE
Se tiver um atacante de ponta de qualidade o Guerrero irá deslanchar. Pelo visto o Vargas pode dar adeus, pois o cara foi campeão e um dos artilheiros da Copa America. Ta valorizado.