Irmão do fisioterapeuta do Fla, Marcelinho também critica postura dos seguranças envolvidos no tumulto e decisão que obriga jogadores a passarem no meio da torcida
Mais do que a derrota por 94 a 81 para Bauru pelo jogo quatro da série melhor de cinco das finais do NBB 8, no sábado, em Marília, os jogadores do Flamengo lamentaram a confusão envolvendo o fisioterapeuta do clube, alguns torcedores que assistiam a partida nas cadeiras à beira da quadra e dois seguranças do ginásio Neusa Galletti. Embora reconheçam o nervosismo de Ricardo Machado naquele momento, os rubro-negros criticaram a postura dos profissionais que na teoria deveriam estar ali justamente para proteger os protagonistas do espetáculo.
A confusão começou quando Ricardo, expulso depois de receber duas faltas técnicas, caminhava batendo palmas em direção ao vestiário do Flamengo e foi abordado por um torcedor que o atingiu com um tapa nas costas. Revoltado, o fisioterapeuta se virou na direção do delegado da partida exigindo providências, até ser agarrado por trás por um dos seguranças com uma força desproporcional. Ao tentar se soltar, o membro da comissão técnica rubro-negra foi empurrado pelo mesmo segurança em cima dos torcedores, dando início a um tumulto generalizado.
Irmão do fisioterapeuta do Flamengo, Marcelinho Machado lamentou o episódio e questionou o comportamento dos seguranças envolvidos e de alguns torcedores rivais.
– É lamentável acontecer isso, desde o ano passado quando jogamos a decisão aqui também achei essa passagem no meio da torcida meio perigosa. Nós ainda não temos a maturidade para saber torcer e o limite do que é rivalidade e até onde vai o esporte. A expulsão do Ricardo foi causada por duas técnicas e na saída dele as pessoas jogaram pipoca, empurraram, deram um choque nele e os seguranças, que teoricamente estão ali para apartar, deram uma gravata nele. Quer dizer, situações que não podem acontecer em qualquer esporte, não só no basquete. Mas, enfim, espero que isso não seja levado para o quinto jogo e assim como Bauru mereceu ganhar aqui esperto que nosso time jogue bem também no próximo sábado e mereça ganhar dentro de quadra – explicou Marcelinho, que na saída da quadra presenteou uma criança que havia se assustado com a confusão com sua camisa.
– Dei a camisa porque ele estava no meio da confusão e também tenho filho. Sei como é que é.
Um dos mais revoltados na hora da confusão, Marquinhos pediu providências às autoridades e aos representantes da Liga Nacional de Basquete.
– O show tem que ser dos atletas e durante boa parte do campeonato não foi isso que aconteceu. Segurança não pode fazer o que fizeram, para mim aquilo não é segurança. O Ricardo realmente estava alterado, tudo bem, mas eles não podem sair puxando, dando choque e pontapé, foi errado isso. Acho que a liga e as autoridades têm que rever tudo isso para não acontecer mais. O show tem que ser dos jogadores, é só isso que eu quero – disse o ala rubro-negro.
Um dos responsáveis pelo show que Marquinhos quer ver, Olivinha também criticou o comportamento dos seguranças envolvidos na confusão. Para o ala-pivô, o tumulto passou dos limites e poderia ter sido evitado.
– Acho que eles passaram um pouco do limite. Não tinha necessidade de acontecer toda aquela confusão. Nosso fisioterapeuta já tinha sido expulso, depois jogaram alguma coisa nele, e aí um segurança o empurrou e teve aquela confusão toda. Passou um pouco do limite, mas infelizmente são coisas que acontecem. Tudo que aconteceu aqui em Marília já passou, agora é bola para frente e cabeça erguida para o jogo 5 – afirmou.
Fonte: GE