Recepcionado por centenas de torcedores do Flamengo no aeroporto, Diego já sentiu o tamanho da responsabilidade em defender o rubro-negro da Gávea. O Esporte Espetacular conversou com a mais nova contratação do time carioca e ele não economizou elogios à torcida. No papo, Diego fala da admiração que tem por Zico, comenta sobre a possibilidade de voltar à seleção brasileira, explica a diferença entre o futebol europeu e o brasileiro e comenta sobre a alegria que está sentindo por ter sido tão bem recebido pela torcida flamenguista.
A entrevista começou com uma volta pela sala de troféus do clube, onde Diego mostrou conhecer parte da história do Flamengo, fazendo menção ao clássico gol de Petkovic em 2001 e também explicando as razões do número 35 que vestirá na Gávea.
– Eu e meu filho David estávamos ali conversando e eu falei para ele: E agora David? Ele disse assim: “Pai eu acho que tem que ser 35! Porque o Matteo vai fazer 3 anos, eu tenho 5, então 3 com 5? 35, eu acho que vai ficar legal. Aí eu disse:Fechado!
Os filhos já mostraram estar ambientados ao espírito rubro-negro. David vestiu a camisa do clube, brincou com o troféu da Taça Libertadores conquistada em 1981 e mostrou que sabe cantar o hino do clube. Já Diego tratou de elogiar a referência maior do clube: o Galinho de Quintino.
– Zico acaba sendo uma grande referência, não só do futebol, mas também mundial. Tive uma oportunidade de encontrá-lo pouco tempo atrás em Istambul em um shopping. Nós tiramos uma foto, ele é um cara super simpático, além de ser uma referência. Me lembro de uma arrancada que ele deu pela seleção brasileira. E vendo alguns lances da copa de 82, além dos gols de falta dele, que eram magníficos. Parecia que ele colocava a bola com a mão. Toda aquela galera no Maracanã. Na época o Maracanã enchia mais do que hoje e a reação da galera era marcante – conta Diego.
Já que falou de seleção brasileira, será que Diego ainda sonha em vestir a amarelinha de novo?
Com certeza sonho, acho que é inevitável. Eu já participei de muitos jogos conquistei alguns títulos com a seleção brasileira. É o grande objetivo mas retornei agora ao futebol brasileiro, tem muito que fazer, muito que trabalhar para aí sim começar a sonhar novamente não é?
Com a experiência que obteve em doze anos jogando no futebol europeu, Diego segue achando que o mais importante é estar satisfeito em seu local de trabalho para que possa render mais.
– Na Alemanha a seriedade a disciplina tática se destacam, além da qualidade dos jogadores. Já na Espanha a naturalidade a qualidade com que eles jogam futebol, a movimentação e o domínio que é muito importante no futebol. O nosso desafio como jogadores é encontrar a leveza do dia a dia e jogar de forma natural, onde as coisas acontecem com mais facilidade. É o que busco: encontrar um lugar onde eu me sinta feliz e as coisas aconteçam, um lugar.que eu possa transmitir através do futebol alegria e o prazer que eu estou sentindo ali dentro de campo.
Alegria esta que ele já sentiu um gostinho, quando chegou ao Rio de Janeiro e foi efusivamente recepcionado pela calorosa torcida rubro-negra.
– É uma sensação que, a nação rubro-negra tem me proporcionado. É especial e eu nunca tinha sentido. Depois de tantos anos viver essa aventura, esse despertar. Reviver esse sentimento dentro de mim está sendo sensacional.
E para retribuir, Diego tem um convite para a maior torcida do Brasil. Usando as palavras do grupo Charlie Brown Jr. ele convida os rubro-negros a sonhar.
Fonte: GE
Pena que não vestirá a mística camisa 10, que um dia foi de Zico.