Um grande dilema do futebol atacou novamente na tarde deste domingo. Mais precisamente na Arena Corinthians. E não envolve apenas o 4 a 0 contra o Flamengo, mas também atuações alvinegras contra América-MG e Santa Cruz. Vencer é ótimo. Óbvio. Pontuar em um campeonato tão difícil e colar no maior rival na liderança do Brasileirão é melhor ainda. Mas você, corintiano, viu uma atuação para um resultado tão elástico assim? Até onde ganhar é o mais importante, mesmo que seja sem mostrar um conteúdo próprio e satisfatório?
Cada um tem sua preferência. Há quem realmente não liga se os fins justificam os meios. Mas existem diferentes expectativas quando enxergamos este cenário. Claro que, no caso de Cristóvão, que está apenas começando um trabalho, desenvolver uma equipe com vitórias entre os treinamentos é de grande importância. Mas qual o caminho mais confiável: um time que está jogando bem, mas empatando e perdendo, começar a vencer, ou outro que vem jogando mal e ganhando, passar a ter uma sequência de derrotas?
Nos últimos três jogos que fez, o Timão teve apenas 90 minutos satisfatórios: o 1º contra Santa Cruz e o 2º contra o Flamengo. No último caso, viu os cariocas dominarem o primeiro tempo e mostrou pouco repertório ofensivo. Desorganizado na frente e atrás, pouco perigo levou ao gol de Muralha. A boa equipe de Zé Ricardo, por outro lado, colocou muita intensidade nos primeiros 45 minutos, principalmente fechando os lados do Timão e evitando uma iniciação de jogada mais limpa dos donos da casa. Criou muito mais chances, mas não aproveitou.
O Corinthians, por sua vez, voltou para a segunda etapa mais organizado, principalmente sem a posse da bola. Compactou melhor suas linhas e já não deixava o Flamengo explorar tantos espaços como antes. Novamente em uma bola parada – que não é uma crítica, já que é um momento do jogo que exige muito treinamento e estratégia – o Timão abriu seus horizontes mais uma vez, como já havia feito em Belo Horizonte no meio de semana. A partir daí, viu um rival totalmente perdido e aproveitou muito bem os espaços para alargar o placar.
O relato deste jogo nada mais é que um dos vários exemplos desta questão tão discutida no futebol. Olhar para o resultado, a grosso modo, é ver uma solução imediata, mas com problemas em seu modelo de jogo que seguirão persistindo se não corrigidos de maneira eficaz. Ao analisar o desempenho, vamos mais além. É visualizar um trabalho num todo e medir expectativas para um futuro, seja ele promissor ou não. É ter a noção de que algo está seguindo um caminho linear ou está fazendo apenas parte do acaso, coisa muito presente no futebol.
O Internacional de Argel, por exemplo, tem nos mostrado muito disso. Iniciou a competição de forma coesa, conquistando bons resultados e dominando a ponta da tabela. Com um estilo muito mais reativo e de rápidas transições ofensivas, já mostrava dificuldades em propor o jogo contra adversários que se organizavam defensivamente. Chegou a levar os três pontos em várias situações em que não teve um desempenho que convencesse. Agora já são três derrotas consecutivas e pouca qualidade de jogo. Aquelas velhas dificuldades, por vezes superadas, persistem e agora são bem mais exploradas pelos rivais.
O Grêmio de Roger Machado, por sua vez, vai no sentido contrário. Perdeu e empatou jogos em que teve muito mais volume ofensivo e certeza de suas ideias. Apesar dos tropeços, sempre demonstrou convicções em ideias e conceitos importantes de jogo. Com a sequência do trabalho, voltou a pontuar. O Cruzeiro de Paulo Bento, apesar do empate em casa contra o Vitória, é outro caso parecido. Iniciou perdendo, passou a perder e empatar com boas exibições, até que conseguiu encaixar uma boa sequência. A Ponte Preta de Eduardo Baptista, segue na mesma linha. Como citei, não faltam casos que elevam essa discussão.
E todos estes exemplos também servem para o Flamengo. Perder para o Corinthians, sempre muito forte dentro de sua Arena, não é o fim do mundo. Ainda mais em um início de trabalho, que nem sabemos se vai continuar ou não, já que Zé Ricardo ainda é “interino”. Mais que isso, é preciso olhar a atuação da equipe no primeiro tempo para pensar lá na frente. Principalmente porque já vinha de bons resultados, mostrando bastante organização defensiva e uma normal dificuldade ofensiva, que geralmente demanda mais tempo de treinamentos para encaixar.
A verdade é que, quem tem um bom desempenho, sempre está mais próximo de vencer. Quem não tem, por outro lado, mesmo que ganhando em certo momento, está a beira de uma fase ruim e sem vitórias. Em um campeonato tão longo como o Brasileiro, normalmente é quem mantém uma certa regularidade de desempenho que fica com o caneco. O Corinthians de 2015 é uma grande prova.
O mais importante de toda essa discussão, lá na sua essência, é a forma de como precisamos interpretar o futebol. É além de tudo que já foi discutido, dar novos nortes às tomadas de decisão dentro dos próprios clubes. Analisar, acima de tudo, o que está sendo desenvolvido ali, dentro daquele ambiente de trabalho. Entender e enxergar ideias, para, aí sim, fazer o que precisa ser feito. Se não, cabeças de treinadores continuarão rolando.
Fonte: Espn
Quantos esses FDP desses técnicos vão perceber o que a torcida toda já sabe?!?! Pqp é muita burrice! Tem que jogar no 4-4-2 e o meio é ARAO CUELLAR MANCUELLO E ALAN PATRICK. Ataque é EDERSON E GUERRERO. PÕEM A PORRA DO ÉVERTON NA LATERAL E O JORGE NO BANCO! Pqp CIRINO SÓ ENTRA SE TIVER 2 a 0 pra correr no contra ataque
me recuso a ler materia em que chamam um clube de “timão”…se um dia eu ler que se referem ao flamengo como :Mengão no mesmo texto tudo bem,..da nojo essa imprensa
“A verdade é que, quem tem um bom desempenho, sempre está mais próximo de vencer.”
Por isso, ainda acredito no Mengão.
Errata: onde lê-se TIMÃO, leia-se SMALL
SRN