Campeão das últimas 11 edições do Estadual, time do técnico José Neto também não terá Pedrinho e Rafael Mineiro na estreia desta quinta-feira, às 21h, na Gávea
Um é pouco, dois é bom e três seria demais se o protagonista do velho ditado neste caso não fosse o basquete do Flamengo. Sem saberem o que é perder o Campeonato Estadual desde 2005, os rubro-negros estreiam nesta quinta-feira, às 21h, no ginásio Hélio Maurício, em busca do seu 12º título consecutivo. Pela frente, um reformulado Macaé, adversário das três decisões anteriores e que terá nada menos que 10 caras novas em seu elenco em relação à temporada passada. Cinco a mais que os campeões das últimas 11 edições da competição, que ainda não poderão contar com dois deles diante da equipe do Norte Fluminense: os armadores Ricardo Fischer, que ainda se recupera de uma cirurgia no joelho e só deve estrear no início de outubro, e Pedrinho, com uma lesão no músculo posterior da coxa. Contratado na temporada passada, o ala-pivô Rafael Mineiro, com o mesmo problema muscular, também está vetado.
Os outros três contratados, Humberto e Léo Bispo, ex-Pinheiros, e Lelê, ex-Limeira, estão confirmados. Além deles, José Neto terá a base que conquistou o quinto título do Flamengo no NBB, na temporada passada, e que disputou três amistosos no Peru, há menos de uma semana. Apesar do pouco tempo de trabalho, o comandante rubro-negro fez um balanço positivo do desempenho rubro-negro de duas vitórias e uma derrota na cidade de Arequipa.
– Ganhamos do Bahia Blanca, da Argentina, equipe que ficou em quarto lugar na Liga Argentina e vai disputar o Sul-Americano, depois vencemos um combinado peruano, que contou também com alguns estrangeiros, e por fim enfrentamos uma equipe da ACB, o Obradoiro, ex-time do Rafa Luz na Espanha, quando acabamos perdendo a final por cinco pontos. Mas foi um bom jogo e para nós valeu demais, os caras me surpreenderam e jogaram muito bem para o pouco tempo que tivemos de treinamento – afirmou Neto, que não chega a considerar uma vantagem estrear no Estadual contra o Macaé.
– É difícil falar isso porque todo jogo para nós é importante. Macaé tem a sua característica de jogar, sua personalidade, um bom trabalho da comissão técnica e sabemos que eles não virão ao Rio para apanhar do Flamengo. Virão para brigar de igual para igual e temos que estar preparados, mesmo sabendo das nossas ausências.
Independentemente do rival da estreia desta quinta-feira, o técnico mais vitorioso do baquete brasileiro na atualidade destacou a importância da presença de Vasco e Botafogo, que retornou ao Estadual na temporada passada, no cenário nacional.
– Espero que possamos ter outros clássicos de camisa, como temos visto o Vitória se reforçando em Salvador, o Basquete Cearense, em Fortaleza, e o Sport de Recife jogando a Liga Ouro. Isso é ótimo para o basquete. Sabemos ainda que outras equipes estão esboçando uma volta, como talvez o Fluminense aqui no Rio, o Palmeiras e o Corinthians, em São Paulo, querendo chegar, são coisas que nos motivam. Nós vemos pelo mundo todo clássicos de camisa sendo disputados, como Real Madrid x Barcelona, CSKA x Fenerbahçe, Olympiakos e Panathinaikós, na Grécia, então por que não podemos ter esses jogos no Brasil também?
Embora não tenha o mesmo apelo dos clássicos citados pelo técnico rubro-negro, o confronto entre Flamengo e Macaé decidiu os últimos três estaduais. Sem o mesmo investimento de anos anteriores, quando chegou a contar com alguns americanos e jogadores com passagens pela seleção brasileiro, o técnico Léo Costa aposta nas contratações do armador Tiaguinho e do ala Guilherme Schneider, ambos vindo de Franca, para fazer uma temporada bem melhor que a anterior.
Se o orçamento atual é enxuto, o otimismo e a confiança no elenco montado são enormes. O que não esconde a preocupação do técnico do Macaé para a estreia diante do Flamengo.
– Será um jogo dificílimo. Além da qualidade da equipe do Flamengo, nosso elenco foi formado há pouco tempo, com atletas que ainda vão se juntar ao grupo. Espero que a equipe consiga aplicar o que foi treinado nessas duas semanas e realize uma boa partida. O Estadual ainda vai ter o Botafogo, que deve jogar a Liga Ouro, e o Vasco, que está no NBB. Será uma competição que irá nos dar ainda mais preparo para disputar o NBB – disse Léo Costa, que trouxe ainda os alas/armadores Matheuzinho e Locke, o armador Ricardo Barbosa, o ala Rafael Moreira, os alas/pivôs Adyb, Mateus Alex e Cícero, além do pivô Erick.
Fonte: GE