Cobiçado por SP e Fla que largou carreira para vender tinta recomeça no interior do Paraná

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Muitos jogadores não conseguem repetir o sucesso obtido nas categorias de base quando sobem ao profissional . Com apenas 22 anos, Murilo Picollo foi de promissor meia do Audax-SP, cobiçado por clubes como São Paulo e Flamengo até vendedor de tintas no interior do Mato Grosso do Sul em pouco tempo.

Depois de ser vice-campeão paulista sub-20 com a equipe da Grande São Paulo, perdendo a final para o Corinthians, ele estava desiludo com o mundo da bola e resolveu jogar tudo para o alto no começo do ano seguinte.

“Eu comecei a desanimar depois que o clube foi para Osasco. Era muito bem tratado quando era no Morumbi e lá era outra forma. Começaram a me largar porque não me conheciam direito. Já tinha um carinho pelo pessoal antigo e muita moral lá. Fiquei chateado e as coisas foram acontecendo do jeito que não queria”, contou o atleta, ao ESPN.com.br.

A transferência do Audax-SP para as mãos de Mário Teixeira, acionista do banco Bradesco, causou uma mudança na agremiação que virou Grêmio Osasco Audax, no início de 2014.

“Eu estava infeliz e não queria ficar depois que o contrato acabou. Fiquei três meses trabalhando com meu pai numa loja de tintas na cidade de Caarapó. Resolvi não jogar bola mais”.

Parecia o ponto final de uma trajetória que começou aos 12 anos no antigo Pão de Açúcar Esporte Clube e seguiu promissora até o fim da base.

Murilo ganhou maior destaque na Copa Nike de 2009, tradicional torneio sub-15 que leva o vencedor para jogar no Old Trafford, estádio do Manchester United. Após passar pelas fases iniciais na capital paulista, o Audax-SP enfrentou no quadrangular final Flamengo, Sendas-RJ e São Paulo.

Após jogar bem e chamar atenção, ele recebeu duas propostas. “Veio o Flamengo e São Paulo atrás de mim. Acabei não saindo porque conversei com os caras do clube que achavam melhor eu ficar. Eles tinham um planejamento para eu subir rápido para o profissional”.

“Eu me arrependo muito disso. Hoje, pensando com a cabeça que tenho, acho que tudo poderia ter acontecido melhor. Se você se destaca na base de um clube grande as coisas ficam mais fáceis depois”.

Ele ainda teria a chance de defender o Internacional, depois que jogou a Punta Cup, em Punta Del Leste, no Uruguai. “Eles gostaram de mim, só que eu ficava sabendo das ofertas pela boca dos outros. Eles escondiam de mim, não sabia de nada”.

RECOMEÇO NO PARANÁ

Quando estava em casa, um amigo dos tempos de Audax o procurou e conseguiu que ele se encaixasse no Rio Branco de Americana para jogar a Copa Paulista. Em 2016, ele foi para o São José disputar a Série A3 do Paulistão.

Após o fim do estadual, Murilo foi atuar pelo Operário-PR da cidade de Ponta Grossa, campeão paranaense do ano passado.

A equipe joga atualmente a Taça Federação Paranaense de Futebol e está na semifinal do torneio que dá vaga para a Série D do Brasileiro ao campeão.

“Eu estou muito feliz no Operário e o professor é um cara que trabalha bem. Quero agarrar com todas as forças e dar sequência para a carreira. Estou muito feliz. É uma chance de recomeçar na carreira. Meu contrato é ate o fim do ano e ainda não sabemos que irá acontecer”.

Fonte: ESPN

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